domingo, 26 de fevereiro de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO, 26 DE FEVEREIRO DE 2017








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

MOVIMENTO SEM SIGNIFICADO.

Nobres:
Evidenciamos que os estudantes do ensino médio poderia ter de ter de natural costume entre 15 e 18 anos uma idade de amadurecimento e de muitos primeiros passos na vida em sociedade, que vão da habilitação para dirigir ao direito de votar. A ocasião ideal para que esses jovens compreendam seus direitos e responsabilidades, descubram o que podem realizar com seu potencial e o que deveriam esperar (e cobrar) do poder público. Enfim, aprender os valores democráticos e sua importância para que essa nova geração, que já adentra o mercado de trabalho ou se prepara para a vida profissional, também seja responsável por uma evolução cívica na vida nacional. Louve-se a disposição dos estudantes de desejar que sua voz seja ouvida no momento em que o governo anuncia uma reforma do ensino médio, com seus pontos positivos e negativos e apesar da maneira equivocada como foi apresentada, por meio de medida provisória. Ressalte-se também que não há registros de depredação nas escolas, ao contrário de diversas ocasiões em que estudantes universitários deixaram rastros de destruição em reitorias de universidades públicas Brasil afora. Mas o movimento dos secundaristas, ainda que afete um número menor de escolas. Ressaltamos que o legítimo caminho democrático, que é a pressão sobre os representantes do povo, é ignorado e substituído pela tentativa de vencer no grito ou pelo cansaço. E a mensagem mais perniciosa que os estudantes poderiam aprender em um momento como este é a de que as questões políticas se resolvem pela força e pela chantagem. O que aconteceu no sentido de impedir o funcionamento das escolas, os manifestantes resolveram prejudicar um sem-número de colegas, bloqueando-lhes o direito à educação. Ora, por mais errado que esteja o governo federal ao propor a reforma por medida provisória, ela ainda exige a apreciação do Congresso. O verdadeiro caminho democrático, que é a pressão sobre os representantes do povo, é ignorado e substituído pela tentativa de vencer no grito ou pelo cansaço. Entre os estudantes sobre o teor da reforma, e a manipulação da informação, pois vários itens hoje defendidos pelo Planalto já foram parte, em outras épocas (leia-se durante o governo do PT) da pauta das entidades do movimento estudantil, ávidas por se apropriar do movimento. Essas entidades, no fim, vêem no idealismo dos jovens o campo fértil para arregimentar massa de manobra para o “fora, Temer”, que ainda permeia pela intempestiva “nação lulista” já que a bagunça foi a única estratégia que restou à esquerda depois do impeachment e do desastre eleitoral das eleições municipais do ano passado. A bandeira vermelha, com a foice e o martelo, mostrou que o ensino médio está sendo usado como pretexto para um objetivo mais amplo, político-partidário. No fundo, não é só sobre o ensino médio e talvez nem seja sobre o ensino médio. Se nas escolas a mensagem que prevalecer for a do predomínio da força sobre a negociação, do desrespeito aos direitos dos demais, da recusa ao diálogo pelos canais democráticos, aquilo que o movimento estudantil chama de “primavera secundarista” não passará de uma “primavera autoritária” uma triste iniciação política para tantos jovens. Entretanto nas aldeias primordiais do nosso Ceará é seguida a manipulação das massas, incluso os estudantes que segundo eles, esperam a volta triunfal do corrupto Lula ao poder! Só se for o governo de qualquer unidade do nordeste que ostentam o secular subdesenvolvimento cultural da região, uma hipótese inviável por ser o Brasil composto de vinte sete unidades da federação brasileira. O triunfo a gente sabe e não perdemos por esperar.
Antônio Scarcela Jorge.

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