quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

ETA BRASIL! STF - JULGO CONFORME A PLURALIDADE E CONVINIÊNCIA DA LEI A ÉDIGE DA LEI - INVIDUALISMO LATENTE: JULGO INTERPRETATIVO DA LEI







MOREIRA FICA COM FORO PRIVILEGIADO E EX-STF CARLOS VELOSO PODE IR PARA A JUSTIÇA.

Desde a saída de Alexandre de Moraes, Temer oscila entre optar por um político ou alguém do Direito.


Com a decisão do ministro Celso de Mello de manter a nomeação de Moreira Franco para a Secretaria-Geral da Presidência com direito ao foro privilegiado, o governo Temer ganhou tranqüilidade para resolver a pendência da substituição de Alexandre de Moraes na Justiça, demora que já está gerando incômodos e críticas.

Embora, como lembrou o ministro Gilmar Mendes, o assunto Moreira ainda possa passar pelo plenário do STF, não se acredita que o parecer do decano da corte venha a ser modificado pelos colegas.

Ficam, porém as desconfianças, pelo menos até que se conheçam, de fato, as revelações das delações premiadas da Odebrecht. E não somente sobre o Moreira, mas também sobre outros auxiliares diletos de Temer.

Quanto ao Ministério da Justiça, o presidente Michel Temer oscila ainda entre diversos perfis e pressões.

Já foi desenhado para um homem do direito e o favorito chegou a ser o criminalista paulista Antônio Claudio Mariz de Oliveira, descartado por suas óbvias restrições à Operação Lava-Jato e às delações premiadas. Passou a ser vaga a ser ocupada por um político, de preferência da Câmara, disputada com ardor por PMDB e PSDB.

Agora, os olhares palacianos voltaram-se de novo para o mundo jurídico. E desponta o nome do ex-ministro do STF, Carlos Veloso.

Veloso, que foi consultor informal de Aécio Neves na campanha de 2014, esteve reunido ontem com o presidente Temer no Palácio do Planalto.

Não foi convidado formalmente, apenas sondado. Porém, ontem mesmo, conversando com o “Painel” da “Folha de S. Paulo”, Veloso defendeu a Operação Lava-Jato e elogiou o trabalho do juiz Sérgio Moro, segundo ele extremamente duro, mas competente e correto.

E esta é uma posição que não entusiasma o mundo político. No Congresso e nos partidos a torcida continua por um dos seus. Veloso, ainda que indiretamente, poderia ser uma pedra no sapato das tramóias para amenizar (“estancar a sangria, segundo Romero Jucá) a Lava-Jato.

Junto com Veloso, aportaria no Ministério, para a estratégica Secretaria de Segurança Pública, o ex-secretario do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, criador das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), projeto muito elogiado apesar da execução às vezes tumultuada – talvez por incompleta. Temer quer dar mais visibilidade (e efetividade) às ações federais nesta área, até porque sobrou também para o governo dele na crise do Espírito Santo e há tensões idênticas em outros estados.

Os “exegetas” políticos e jurídicos estão se debruçando sobre o texto para descobrir os recados do ministro e a quem ele se dirige. Um ponto fica claro: Mello mostra o incômodo da Corte com as suposições de que o foro privilegiado pode ser uma garantia de impunidade.

PARA O MINISTÉRIO DE TEMER.

Uma lição quase perfeita da “realpolitik” brasileira está contida numa palestra do ministro da Casa Civil, vazada por “O Estado de S. Paulo”, referindo-se à escolha do deputado Ricardo Barros para o Ministério da Fazenda.

Quando Temer começou a montar o governo, falava-se que ele deveria escolher uma equipe de “notáveis”, grosso modo pessoas com conhecimento de sua área e respeitadas nos meios sociais.
Nas conversas com o partido (PP) de Barros para organizar a base governista no Congresso, o grupo pepista foi informado que a Saúde seria a sua cota e que deveria indicar um nome com as características de “notável” para o posto.

O PT avisou pragmático: o nosso “notável” é o Ricardo. E então Padilha concluiu: o nosso “notável” também ficou sendo o Ricardo. Aliás, ministro que não tem dado muitas alegrias a Temer pelo contrário, sempre freqüenta a lista de candidatos a carrega o título de ex numa provável reforma ministerial.
Fonte: G1 – DF.

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