EIKE BATISTA CHEGA À SEDE DA POLÍCIA FEDERAL PARA PRESTAR NOVO DEPOIMENTO.
Empresário e outros presos nas
operações Calicute e Eficiência voltam a depor.
PF concluiu inquérito e indiciou, nesta
terça, 12 pessoas investigadas na Operação Eficiência.
O empresário
Eike Batista chegou à sede da Polícia Federal do Rio, na Zona Portuária, por
volta das 9h20 desta quarta-feira (8) para prestar um novo depoimento.
O advogado de
Eike, Fernando Martins, afirmou que a orientação ao empresário é a mesma. No
primeiro depoimento, na sede da PF, Eike ficou calado.
Ainda assim, o advogado
declarou que ele vai esclarecer todas as acusações. "Ele foi chamado a
prestar depoimento e vai esclarecer todo o necessário em juízo", afirmou
Fernando.
Nesta terça (7),
a Polícia Federal concluiu o inquérito da Operação Eficiência, que resultou na
prisão de Eike e outros suspeitos.
Doze pessoas foram indiciadas na
investigação que apura autoria e materialidade pela prática dos crimes de
lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e organização
criminosa.
O relatório conclusivo do inquérito será encaminhado à Justiça,
juntamente com todo o material produzido no decorrer das investigações.
Além de Eike,
pelo menos, outros seis suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção
durante o governo Cabral e presos nas operações Calicute, em novembro, e
Eficiência, em janeiro, prestarão depoimento.
Eike está preso na Penitenciária
Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, na Zona Oeste do Rio, desde o dia 30
de janeiro.
Também serão
levados a depor o ex-secretário estadual de Obras do Rio, Hudson Braga; o
doleiro Álvaro Novis; Ary Ferreira Filho, apontado como operador do
ex-governador; o publicitário Francisco de Assis, o Kiko, e o empresário Flávio
Godinho, braço-direito de Eike Batista na EBX, holding, e ex-vice-presidente do
Flamengo.
De Eike, os
investigadores entendem que ainda falta esclarecer alguns pontos da
investigação. Há uma semana, no dia 31 de janeiro, o empresário esteve por mais
de 4h prestando depoimento na PF. O seu advogado, Fernando Martins falou, na
ocasião, que seu cliente não respondeu às perguntas e "que só falará
diante do juiz.
Segundo Fernando
Martins, Eike falou apenas que desconhecia a transferência de US$ 16,5 milhões
a doleiros para serem repassados ao ex-governador Cabral.
Em depoimento,
os irmãos Renato Hasson Chebar e Marcelo Hasson Chebar, operadores financeiros,
desmentiram declaração dada por Eike Batista no ano passado de que jamais pagou
propina ao ex-governador Sérgio Cabral.
Segundo os
delatores, em 2010, Renato foi orientado a viabilizar o pagamento dos US$ 16,5
milhões a Cabral. Flávio Godinho, advogado considerado o braço direito de Eike,
orientou Renato a fazer um fazer contrato de fachada entre as empresas Arcádia
Associados S.A., de propriedade de Renato, e a Centennial Asset Mining Fund
LLC, de Eike Batista.
Para justificar
o repasse, os operadores disseram que mediou a compra de uma mina de ouro pelo
Grupo X.
Cada um dos 12
indiciados no inquérito da Polícia Federal vai responder por diferentes crimes.
Por corrupção
passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa:
- Wilson Carlos
Cordeiro dá Silva Carvalho
- Carlos Emanuel
de Carvalho Miranda
- Luiz Carlos
Bezerra
- Sérgio Cabral.
Por lavagem de
dinheiro e organização criminosa:
- Sérgio de
Castro Oliveira
- Álvaro José
Galliez Novis
- Thiago de
Aragão Gonçalves Pereira e Silva
- Francisco de
Assis Neto
- Mauricio de
Oliveira Cabral Santos.
Por organização
criminosa:
- Eike Batista
- Flávio Godinho
Por lavagem de
dinheiro:
- Suzana Neves
Cabral.
Fonte: G1 – RJ.
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