SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
EX-ESPELHO DO BRASIL.
Nobres:
Todos têm afinidade com o Rio de
Janeiro, cidade espelho do país, as suas maravilhas que outrora se revestia de
contraste, mas agora, infelizmente se reverteu pela ação de governantes que
optaram pela marginalidade que se enraizou pelas bordas das favelas e
adentraram no Palácio Guanabara, sob os últimos comandos do governo fluminense
agregados pela “pseuda” intelectualidade, traficantes, laranjas de qualquer
espécie. Não passa em momento nenhum que
o Rio de Janeiro, cidade localizada à margem do Oceano Atlântico, rica em
praias, recantos exóticos e estonteantes, que deslumbram os visitantes, cativam
e prendem seus moradores, também é, conforme acaba de confirmar a "Lava-Jato",
o reino da malandragem institucionalizada. Nessa cidade balneário só madrugam
as empregadas domésticas, o restante da população permanece na cama; sabe-se,
não obstante, que no correr das alvoradas, quando as domesticas demandam seus
empregos, os traficantes, invariavelmente, estão trocando tiros com a polícia,
fazendo no seio dessa operosa classe feminina, vítimas de "balas
perdidas". A cidade acobertou no seu regaço o Cassino da Urca, o Hotel
Quitandinha, o Palácio Monroe e o Palácio do Catete, onde o ditador Getúlio
Vargas imperou por quinze anos. Tudo corria num clima musical de Garota de
Ipanema, quando sofreu um tranco: o rombo nas finanças, de 26 bilhões (?). Tudo
corria nos eixos, o que era bom para o governo e para os cariocas até que o
"Royalty" pago pela Petrobrás, pela exploração dos poços de petróleo
na sua costa marítima, começou a minguar. A corrupção devorou a Petrobrás,
orgulho nacional e as esperanças dos cariocas. O "Royalty" que cobriam
a maior parte das despesas públicas do estado, dispêndio criminosamente
atrelado a um esquema de roubalheira, agressivo e insaciável, conforme apurou
os investigadores da Lava-Jato, decretou-lhe a falência. Desfalcada a
Petrobrás, conforme apurou a Operação Lava-Jato, de lambuja houve a
possibilidade de levantar o tapete e mostrar o desfalque dado ao Erário pelo
ex-governador Sérgio Cabral, em valores que deixaram pasmos os contribuintes
mais céticos, até mesmo aqueles que nunca acreditaram em Papai Noel. O Rio de
Janeiro, conta com poderosa indústria farmacêutica; é destino procurado por
milhões de turistas, nacionais e estrangeiros; serviu à visita do Papa; foi
palco das últimas Olimpíadas. Em linhas gerais, sempre serviu para grandes
festas e comemorações, agora se encontra nocauteado pela corrupção, pela
sonegação de impostos e pela ação do crime organizado. Está no chão! Não
consegue pagar os proventos dos seus funcionários. O que era apenas suposições
antes da Operação Lava-Jato, nascida e orquestrada pelo juiz federal Sérgio
Moro, aquartelado em Curitiba, tornou-se triste realidade. O ex-governador
Sérgio Cabral, já enjaulado no "Complexo Penitenciário do Bangu",
conforme restou sobejamente provado, saqueou, insaciável, o Erário carioca, em
milhões de dólares, deixando a atual administração do estado, já desfalcada dos
"Royalty´s" do petróleo, em situação de extrema penúria, dependente
da ajuda financeira direta da União, para conseguir, ao menos, pagar seus
funcionários. O governador, tentando encontrar-se com o presidente Michel
Temer, a fim de tentar convencê-lo a conceder-lhe a ajuda que tanto precisa,
tem sido vítima de boatos maldosos. Afiançam que o único "bem" que o
Rio tem para garantir o empréstimo federal, segundo exige o ministro Meirelles,
seria o “fragrância” do governador Pezão, profuso e funesto.
Antônio Scarcela Jorge.
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