LAVA JATO ESTÁ EM 'BOAS MÃOS' COM FACHIN, DIZEM MARCO AURÉLIO E LEWANDOWSKI.
Ministro foi sorteado relator dos processos nesta quinta (2); ele herdará todo o material que está sob análise de Teori Zavascki, que morreu no mês passado após acidente aéreo.
Edson Fachin é o novo relator da Lava Jato.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco
Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski avaliaram nesta quinta-feira (2) que os
processos da Operação Lava Jato na Corte estarão em "boas mãos" sob a
relatoria do ministro Edson Fachin - entenda no vídeo acima.
O relator desses processos era o ministro Teori
Zavascki, que morreu no mês passado após o avião em que ele viajava cair no
litoral do Rio de Janeiro. Com a morte da Teori, Fachin migrou da Primeira para
a Segunda Turma do STF e foi sorteado como novo relator da Lava Jato na Corte.
"Excelente escolha do destino. Está em excelentes
mãos", afirmou Lewandowski, que também integra a Segunda Turma.
Na mesma linha, o ministro Marco Aurélio avaliou:
"Eu achei que está em boas mãos o procedimento, e que temos que
tocar".
Os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli também
disseram, respectivamente, que o fato de os processos da Lava Jato terem ficado
sob a relatoria foi uma "feliz escolha" e uma "excelente"
definição.
Ao todo, o ministro Fachin herdou de Teori cerca de
100 delações e 40 inquéritos relacionados à Operação Lava Jato.
Fachin foi sorteado, por meio eletrônico, entre os
ministros que compõem a Segunda Turma do STF: Lewandowski, Gilmar Mendes, Dias
Toffoli e Celso de Mello.
Nesta quinta, após a definição do novo relator,
Lewandowski e Marco Aurélio também foram questionados sobre se acreditam que
haverá mudanças na condução dos processos.
Lewandowski, então, respondeu: "Todos os juízes
do Supremo são muito técnicos e seguirão a lei, certamente. Não haverá nenhuma
mudança".
Marco Aurélio, por sua vez, disse que "qualquer
um" dos ministros da Corte que herdasse os processos iria tocá-los
"com a mesma seriedade".
"Tenho certeza que o ministro Luiz Edson Fachin
tocará como vinha tocando o ministro Teori Zavascki", acrescentou.
Conteúdo de delações.
O ministro ainda defendeu que o conteúdo das delações
dos executivos e ex-executivos da Odebrecht se torne público "se as
investigações não ficarem prejudicadas".
"Evidentemente essa revelação tem que ocorrer.
Vinga na administração pública, de início, o princípio da publicidade.
Que é o
que permite aos contribuintes acompanharem o dia a dia da administração",
afirmou.
Fonte: G1 – DF.
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