SCARCELA JORGE JORNALISTA |
COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
O PATRIOTISMO COMO MARCO PERMANENTE DA NOSSA HISTÓRIA.
Nobres:
Diante da acentuada crise moral
que vem abatendo o país em função das denominadas “de suas excelências os
políticos corruptos” preferimos enveredar pelas novas gerações que infelizmente
convivem presentemente com um vácuo de referências simbólicas, por esta razão sempre
gera discussão em torno das chamadas
“obrigações cívicas” ainda é fortemente marcada pela compleição do regime
militar que sucumbiu com a dita “Nova República. Certo ou errado, o resultado é
que na medida nada ocupou o lugar dos programas e atividades referentes ao
congraçamento do espaço público. Discutir essa temática não significa, em
absoluto, buscar uma volta ao passado, uma lamentação nostálgica a um período
de repressão e autoritarismo que não fez nenhum bem aos cidadãos brasileiros.
Significa buscar recuperar a discussão sobre quem somos como brasileiros, qual
o passado comum que podemos compartilhar e chamar de “nosso”, quais as
referências que nos permitem trilhar uma narrativa de pátria, de identidade, de
compromisso, de defesa de valores que constituem o que chamamos de “direitos de
todos”. Essa tarefa está em aberto, para além dos heróis fabricados ou
imaginados. A cronologia de educadores, poetas, pesquisadores, líderes
comunitários, empreendedores, democratas, trabalhadores que construíram esse
país para além de seus próprios interesses, para além de seus próprios
privilégios. Aliás, essa vontade de apagar o passado da presença dos militares
no poder levou, logo após, o início da redemocratização, ao fim das disciplinas
de Educação Moral e Cívica, Organização Social e Política do Brasil e Estudos
dos Problemas Brasileiros, além de esvaziar e depois praticamente extinguir o
Projeto Rondon, que levava jovens dos grandes centros urbanos para conhecer e
conviver com a realidade de outras regiões do país. Os currículos escolares
foram revisados e os chamados “heróis da pátria” remanejados para o limbo,
quando não “desconstruídos” pela nova linguagem no poder. Da mesma forma as
manifestações em relação aos símbolos da pátria, bandeira e hino e suas
festividades também caíram em desuso e até o desrespeito ao se proclamar.
Antônio Scarcela Jorge.
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