TEMER DEVE ANUNCIAR NOVO MINISTRO DA JUSTIÇA APÓS O CARNAVAL.
Interlocutores afirmam que o presidente não tinha "plano B" para a recusa de Velloso.
Após a recusa do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos
Velloso, o presidente Michel Temer pretende definir um novo nome para o
ministério da Justiça somente após o Carnaval. A escolha, portanto, deve
ocorrer apenas na primeira semana de março.
De acordo com auxiliares do Planalto, Temer não deve fazer novas rodadas
de consultas para o cargo neste final de semana.
A orientação é de aguardar a realização da sabatina do ministro
licenciado da Justiça Alexandre de Moraes, prevista para a próxima terça-feira.
Moraes foi indicado por Temer para a vaga no STF que era ocupada pelo
ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo.
Se o nome dele for aprovado
na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, ainda deverá ocorrer
nova votação no plenário da Casa, no mesmo dia.
A orientação de Temer de aguardar a sabatina para retomar as negociações
ocorre após a recusa do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso
em ocupar o ministério da Justiça, o que reabriu a disputa entre o partido do
presidente, o PMDB e seu principal aliada, o PSDB, por espaço na Esplanada.
Segundo interlocutores, Temer não tinha um "plano B".
Com Velloso fora do páreo, um dos nomes que passou a ser mais cotado
para o ministério da Justiça é o do vice-procurador geral da República, José
Bonifácio de Andrada. Até ontem, segundo relatos, ainda não havia ocorrido
nenhuma conversa oficial entre Temer e Andrada.
O presidente já teria procurado, contudo, o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, na última quarta-feira, para tratar sobre a possibilidade
da escolha de seu vice.
Além do ministério da Justiça, Andrada também é cotado para substituir
Janot, no comando da PGR a partir de setembro.
Assim como Velloso, ele é próximo do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e
inclusive já atuou como Advogado-Geral do Estado de Minas Gerais, na gestão do
tucano à frente do Estado.
O vice-procurador também foi advogado geral da União no governo de
Fernando Henrique Cardoso.
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