domingo, 5 de fevereiro de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO, 5 DE FEVEREIRO DE 2017

SCARCELA JORGE








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

REASCENDER A ECONOMIA SETORIAL.

Nobres:
Seria de bom alvitre implantar cooperativas conjecturas do projeto voluntário do novarrusense João Batista Pontes (meu particular amigo) tem por objetivo renascer a nossa economia setorial. Neste aspecto, buscamos elementos para melhor aprofundar os nossos conhecimentos e concluímos que das 50 maiores empresas do setor agropecuário brasileiro em 2015, 27 eram cooperativas e representaram juntas, 51% da receita líquida desse grupo. Para se ter uma idéia mais clara da grandeza desse modelo. As cooperativas não são apenas um caso de sucesso econômico, mas também contribuem para o desenvolvimento social. Enquanto as empresas privadas priorizam o lucro para seus acionistas, cooperativas visam a fornecer também produtos e serviços para seus membros com o menor custo possível no longo prazo. Isso pode provocar percepção de um ritmo lento de crescimento, mas estudos revelam que, nos setores alimentar e agrícola essas organizações têm crescimento médio superior ao de companhias privadas. Para manter esse ritmo de crescimento, contudo, as cooperativas devem estar atentas a alguns desafios, dos quais o primeiro é a eficiência operacional. Uma das principais características do modelo atual das cooperativas é a alta descentralização de sua operação, geralmente segmentada em unidades geograficamente afastadas. Outra oportunidade para elevar a eficiência operacional é por meio da divisão de conhecimento entre os cooperados. Ao realizar a coleta e consolidação de dados operacionais de seus cooperados, cooperativas têm informações relevantes sobre produtividade que podem ser compartilhadas de volta com seus membros, de modo a facilitar a divulgação de melhores práticas e elevar a produtividade média. Cooperativas costumam ter estruturas complexas, que resultam em tomadas de decisão mais burocráticas e lentas. Para se adequar a um mercado cada vez mais dinâmico, elas precisam revisar sua estrutura organizacional e garantir que haja profissionais adequados para cada nível. Contraditoriamente algumas cooperativas que foram extintas na fase áurea do progresso de Nova-Russas, onde   fomentava basicamente a produção, beneficiamento e exportação criadas aqui, o algodão, oiticica e mamona, elementos de sustentação da nossa economia. Com reestudos para soerguer a tão decadente economia do município, vem sobrevivendo em função do serviço público do município que se transformou em empregador, numa completa interação de empregos de políticos e da sociedade. No limite desse esteio alguns políticos de bom senso já perceberam isso e passaram por projetos de reestruturação e profissionalização da gestão, visando um modelo administrativo mais próximo das melhores práticas. Fundar cooperativas poderá se encontra nas primeiras transições de geração, há desafios relevantes quanto à sucessão da gestão de modo a garantir sustentabilidade e continuidade dos negócios que processa do crochê a maior fonte de renda e ocupação. Além de João Batista Pontes, fincado neste projeto, temos um trabalho abnegado do Engenheiro Agrônomo Chico Rosa que volta incessantemente para umas destas questões e ainda contar com o apoio incisivo das classes sócio-econômicas especialmente da categoria para complementação daquilo que se tornará evento da economia deste município. Além da necessidade de foco nos planos sucessórios de curto e médio prazo, a criação de programas estruturados para desenvolvimento e incentivo de novas lideranças poderá auxiliar cooperativas no planejamento. Cooperativas tendem a se beneficiar do crescimento superior do agronegócio e representam uma alavanca importante para a retomada do crescimento, com possibilidade de ampliar para todo o país o impacto registrado em todas as regiões do estado e do país.
Antônio Scarcela Jorge.

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