SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela JorgeO PEDESTAL MAIOR.
Nobres:
A tecnologia não só faz parte do aprendizado, como é
primordial no modo como a geração atual lida com o mundo. A criança e o
adolescente já não têm o problema da falta de informação disponível. Isso eles
obtém rápido e fácil com qualquer aparelho de celular, mesmo os mais simples. A
escola já abandonou o posto de simples disseminadora de informação. Apesar dos
livros e do conhecimento do educador, o maior repositório de conhecimento é a
internet. Ignorar essa disponibilidade é contraproducente, e englobá-la na
estratégia de ensino é o caminho lógico. Aos poucos a tecnologia mudou prática
do ensino, o que demandou reciclagem e mudança das estruturas escolares e seus
profissionais. A evolução ocorreu de forma natural, partindo do princípio de
que a mente das crianças e adolescentes já se habituaram a uma quantidade muito
maior de informação desde muito cedo. Simplesmente se prender às técnicas
ultrapassadas é subaproveitar o potencial dessa geração. O uso de dispositivos
tecnológicos, se bem orientados, estimulam a criatividade, o raciocínio, a
capacidade de pesquisar, coisa que muitos não aprendem na escola. O foco dessa
orientação é o que deve ser trabalhado pelo educador, evitando o vício em
atividades inúteis, e encaminhando o aluno para um uso prático e objeto dentro
de sala de aula. e fora dela. Para tudo se demanda planejamento de aulas e do
método de ensino. O giz ficou de lado. Interatividade é a palavra da vez. A
participação do aluno na construção do aprendizado é maior. Isso demanda
mudanças da dinâmica. O EAD (ensino a distância) ganhou mais adeptos, não só
para cursos inteiros, mas também para complementos, como o reforço,
simplesmente porque esse é o caminho para a complementaridade da educação. O
ensino a distancia é meu padrão, estamos prestes a concluir o curso de direito,
bem antes seria impossível se instar apesar da “intelectualidade” insana, mais
precisamente ignorar essa conquista e optam o ensino presencial como
“laboratório de divertimento” nas aulas em sua maioria! Hoje já existem
matérias e conhecimentos que necessitam da internet para serem adquiridos, não
tendo utilidade fora do ambiente tecnológico e online. O contato com o
conhecimento fora de aula também ampliou o tempo do aluno aprendendo. Quando
trabalhos são feitos da maneira correta, usando uma plataforma interativa, ou
revisões, reforço ou estudo para provas, são feitos através de conteúdos
online, seja através de um curso com professores online ou vídeos e podcasts,
há um maior aproveitamento do aluno. O tempo do professor deve ser bem gasto em
sala, não para o básico, mas para o que só a técnica de ensino pode trazer. A
tecnologia mudou a profissão do educador. Hoje ele já tem opções como ser
produtor de conteúdo relevante, independente da escola. O escopo do ensino,
para o profissional, é maior. Talvez o problema ainda existente é que a maioria
desses profissionais ainda está habituada a essa realidade. A formação de
profissionais que lidam com a tecnologia está acontecendo na prática vivida em
sala de aula. Ainda não temos faculdades formais que lidam 100% com essa
situação. Usar uma matéria online apenas para um vídeo-aula passada através de
um quadro, não é usar a tecnologia. Não gera interatividade real. A integração
total ainda foge aos planos de aula. Não basta passar conteúdo. É preciso
interagir, engajar a mente do aluno e fazê-lo usar a tecnologia para resolver
problemas, a tecnologia deve ajudar não ser só uma via expositiva. Há uma
demanda em inovar no currículo que forma o profissional da educação. Essa
mescla de prática com teoria, ferramenta física, com ferramenta mental, tudo
isso ainda precisa ser mais bem pensado, é questão racional.
Antônio
Scarcela Jorge.
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