SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
Nobres:
A condição do Brasil é tão complicada que, cada vez
que nós olhamos a realidade, percebemos que existe uma possibilidade real e
concreta de se complicar, ainda mais, o que já está ruim. E, no caso do Brasil,
este potencial está diretamente ligado com as delações premiadas da Odebrecht e
com as que se avistam no horizonte, como as possivelmente previstas da OAS e do
Eike Batista e, incrivelmente, com as questiúnculas que vão tomar conta do
Congresso Nacional nos próximos dias. E, por que tais conformidades podem
complicar a situação econômica do país, é de mais do que evidente que a nossa preocupação é
a de que o país precisa, urgentemente, fazer com que a sua economia cresça,
gerando negócios, emprego e renda. Temos quase 12 milhões de pessoas
desempregadas e outras tantas pessoas que nem sequer chegaram ao mercado de
trabalho. E, há a preocupação de que, enquanto as coisas ruins, já feitas, é
"jogada no ventilador", a realidade econômica, que é muito
complicada, possa ficar em segundo plano. E, o país não pode se der a este
luxo. Neste início de fevereiro onde o Congresso retomou as suas atividades e,
está mais do que na hora de o Governo e os congressistas entenderem que não
existe mais a possibilidade de se atuar por meio da técnica de erros e acertos.
Precisamos que se efetive uma atuação baseada em acertos e acertos. É preciso
que o Governo saia do imobilismo, da publicidade vazia e comece a tomar medidas
efetivas para que a economia comece o ciclo de recuperação. E, que isto
aconteça o mais rápido possível. Só para não ser injusto, que existem propostas
importantes tramitando nas duas casas do Congresso Nacional. Mas, fatos desta
magnitude e desta importância só serão discutidos, provavelmente, depois do
carnaval. Até parece que isto faz alguma diferença para o cidadão que precisa,
por meio de um trabalho formal, ganhar o seu sustento. Na verdade, existe uma
dicotomia muito espetacular entre o que pensam os representantes políticos do
país e o que se conforma em necessidade concreta das pessoas. É pena que
Brasília parece ficar em outro planeta, em uma realidade que não é a dos
cidadãos comuns, que utilizam-se dos seus ganhos econômicos e financeiros para
pagarem suas "contas". É preciso que alguém lembre aos nossos
congressistas que nós, aqui em baixo, não vivemos de subvenções públicas; aqui
a coisa é diferente e que dinheiro não anda dando em árvores. É preciso
trabalho. Mas, para que existam vagas de trabalho, é preciso que se construa
uma economia forte, o que pressupõe um Estado capaz, que regule as condições
próprias de conformidade econômica do país e que, por conseguir controlar as
suas próprias finanças, não interfira na efetividade econômica privada. Ou
seja, tudo o que se quer é que o escamento público, se não funcionar, ao menos
que não atrapalhe o funcionamento da economia privada, o que já é bastante. Portanto
precisamos pressionar os nossos congressistas para que façam o mínimo esperado,
que zelem pelos interesses do país, ao invés de ficar brincando de coisas
sérias. E, de outro lado, que a Justiça funcione, mas que o seu funcionamento
não impeça a economia de funcionar é apenas que a sociedade pode esperar.
Antônio
Scarcela Jorge.
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