Segundo o ministro, a ideia do governo é aprovar as
medidas do ajuste fiscal "o mais rápido possível, conversando com centrais
sindicais e partidos".
Pressionado por centrais
sindicais e parlamentares da própria base aliada, o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, afirmou nesta segunda-feira, 13, que o Palácio do
Planalto está disposto a discutir mudanças nas medidas provisórias que alteram
as regras de concessão de direitos trabalhistas e previdenciários - as MPs 664
e 665.
"Nós aceitamos discutir tudo.
A reunião foi marcada, fomos convidados pelo vice-presidente Temer, para
debater o tema da 664 e da 665, das duas medidas provisórias, não há nada
definido ainda. Não há nada fechado. Todos os temas estão em debate, são
passíveis de modificação e aperfeiçoamento", disse Gabas, ao deixar o
gabinete da Vice-Presidência após reunião com o vice-presidente, Michel Temer,
e os ministros da Fazenda, Joaquim Levy; da Casa Civil, Aloizio Mercadante; do
Planejamento, Nelson Barbosa; e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams.
Questionado pelo Broadcast
Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se o
Planalto aceitava recuar na nova regra de primeira solicitação do
seguro-desemprego - cujo prazo saltou de 6 para 18 meses -, o ministro
respondeu: "Isso está incluído no tudo, tudo são todos os itens. Esperamos
que a medida provisória seja no seu conjunto aprovada. Se tiver itens que podem
aperfeiçoá-la, vamos acatar, para que esse ajuste fiscal seja aprovado no seu
conjunto".
Segundo o ministro, a ideia do governo é aprovar as medidas do ajuste fiscal "o mais rápido
possível, conversando com centrais sindicais e partidos". "Queremos
preservar o conjunto da MP, agora, se vai ser aperfeiçoada ou não, vai depender
do Congresso", afirmou.
Prazos. Ao deixar
a reunião, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), comunicou que
o relatório da Medida Provisória 665, que muda as regras na concessão de
direitos trabalhistas, deve ser apresentado na comissão mista até esta quarta-feira, 15.
Segundo Guimarães, a expectativa é que a proposta seja votada ainda esta semana
na comissão. Membros da comissão estão dialogando sobre as regras do abono e
auxílio-desemprego, assegurou o líder do governo na Câmara.
Numa rápida fala sobre a reunião
da coordenação política que ocorreu pela manhã, o petista disse que a
presidente Dilma Rousseff se mostrou "otimista" com a situação da
Petrobras, o ajuste fiscal e o cenário político no encontro.
Fonte: Agência O Globo.
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