COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.
RUMA DO DELÍRIO.
Nobres:
O governo que aí está tem como
padrão desconhecer as manifestações do povo em que a intempestiva Dilma
Rousseff, padroniza a inverdade e atribui pessoalmente como sendo oriunda da
direita os movimentos de rua, principalmente contra a roubalheira imperativa do
país, diretamente atribuído ao seu PT (mensalão e Petrobras), alusão
que tenta discorrer a insensatez fomentada pelo despreparo em qualquer ramo
constatado pelas suas expressões, erroneamente destorcida pelas imagens em
apreço em todo Brasil. na essência dos fatos, tornou-se inegável que menos
pessoas tenham saído às ruas para protestar contra o governo nas manifestações
do último domingo, em relação a 15 de março, governantes e políticos não podem
ignorar o sentimento de insatisfação que leva milhares de brasileiros a
sacrificar horas de descanso para reivindicar um país melhor e mais íntegro. Um
fato que voltou a chamar a atenção foi a absoluta ausência de partidos
políticos nos protestos. De acordo com o Instituto Datafolha, 95% dos
manifestantes afirmaram não serem filiados a nenhuma legenda. As bandeiras
partidárias têm sido inequivocamente rejeitadas pelos manifestantes, que
elegeram o combate à corrupção como principal demanda. Eis aí um aspecto que
merece reflexão e providências por parte dos representantes políticos. O
primeiro ponto a ser considerado é que não existe democracia representativa sem
partidos. Não resta alternativa às lideranças políticas que não seja
reconquistar a confiança dos cidadãos, para que deixem de ver as organizações
partidárias apenas como instrumentos de conquista do poder e de locupletação
pessoal de seus integrantes. Para isso, evidentemente, é essencial que as
siglas promovam uma autodepuração e que se comprometam com uma reforma política
consistente. Deve fazer parte desse processo a admissão, pelos próprios
políticos, de que muitas das suas atitudes contribuem para desqualificação das
agremiações, para a perda de confiança dos cidadãos em sua representatividade
e, em alguns casos, até mesmo para a repulsa em relação às instituições. O
resgate da importância dos partidos passa, no entanto, também pela capacidade
da sociedade de vigiar e interferir rotineiramente no que é decidido em seu
nome, nos legislativos e nos governos, e não só em períodos eleitorais, eis a
questão.
Antônio Scarcela Jorge.
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