Ele afirmou que PP não daria espaço para que concorresse ao Planalto.
Deputado anunciou desejo de sair da legenda em convenção nacional.
Deputado anunciou desejo de sair da legenda em convenção nacional.
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ)
afirmou nesta terça-feira (14) que pediu ao presidente do PP, senador Ciro
Nogueira (PP-PI), para deixar o partido sem perder o mandato parlamentar. O
pedido de desfiliação foi feito quando discursou nesta manhã na Convenção
Nacional da legenda.
Conhecido por declarações
polêmicas contra a união homoafetiva e em defesa da ditadura militar, Bolsonaro
afirmou não ter espaço no PP para seguir o “sonho” de concorrer à Presidência
da República em 2018.
“Foi um pedido verbal, mas
oficial. A gente começa aí um processo de separação, que espero que seja
amigável. Tenho um sonho para 2018 de disputar o cargo de senador ou presidente
da República. No partido onde estou; dificilmente serei candidato sequer para o
Senado. O que sinto é que eles querem uma opção diferente para 2018”, afirmou.
A assessoria do PP informou que
ainda não recebeu pedido oficial, por escrito, de desfiliação. Informou ainda
que um processo de expulsão só poderia ser aberto se o deputado fosse alvo de
processo interno. Bolsonaro diz não acreditar que seja preciso apresentar um
requerimento escrito.
“O presidente do partido tem
competência para isso. Não precisa oficializar com documento. É como pedir em
casamento, e você vai dizer sim ou não”, não conseguimos contato com o senador
Ciro Nogueira até a publicação desta reportagem.
Bolsonaro, que é militar da
reserva, afirmou que já iniciou negociações com partidos pequenos, entre os
quais o PRTB, presidido por Levy Fidelix, e declarou que, se for candidato a
presidente, pretende defender pautas que valorizem a “família” e o “direito do
cidadão de andar armado”.
“Tenho simpatia pelos
evangélicos, os cristão, com aqueles que querem arma para defesa pessoal dentro
de casa. Não adianta eu ser deputado aqui e ver o Brasil afundando”, afirmou.
Bolsonaro ressaltou ainda que o PP está numa “situação difícil” desde a
deflagração da Operação Lava Jato.
Da lista de políticos
investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento no
esquema de corrupção na Petrobras, a maioria é filiada ao PP. Entre os alvos de
inquérito estão o presidente do partido, Ciro Nogueira, e o líder da legenda na
Câmara, Eduardo da Fonte.
“Acredito que meu partido está
numa situação difícil, levou um golpe duro. Estamos no noticiário negativo
quase todos os dias”, afirmou Bolsonaro.
Fonte: Agência O Globo.
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