sábado, 25 de abril de 2015

CORPORATIVISMO OPORTUNISTA

 CUNHA DIZ QUE FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA NÃO TERÁ APOIO.

Eduardo Cunha diz que há revolta com aumento do repasse aos partidos.
O presidente da Câmara participou nesta sexta-feira de evento em Cuiabá.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta sexta-feira (24) que a população brasileira está revoltada com o aumento da verba da União para o Fundo Partidário, o que, na visão dele, indica que o financiamento público de campanhas não terá apoio.

Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff sancionou o Orçamento de 2015 e não vetou a emenda inserida no Congresso Nacional que aumenta o valor destinado ao Fundo Partidário de R$ 289 milhões para R$ 867,5 milhões. A verba está prevista na lei eleitoral e é distribuída às siglas para que possam realizar atividades partidárias.

"Se a população está revoltada com mais dinheiro público a partido, isso mostra que o financiamento público às eleições não terá amparo no país. Isso é um bem para o país", disse Cunha. Ele voltou a dizer que é "absolutamente contrário" ao financiamento público. "Se pudermos vetar, é ideal", completou, durante discussão sobre a reforma política.

Cunha participou do evento "Câmara Itinerante", que nesta sexta-feira (24) ocorreu em Cuiabá, no Mato Grosso. Segundo a Câmara dos Deputados, o programa foi criado para que parlamentares ouçam as necessidades locais, acolham sugestões e ampliem a agenda legislativa nacional.

"Essa é uma decisão do Congresso. Todo mundo cochilou", disse, sobre o aumento da verba destinada ao Fundo Partidário. Em seguida, Cunha afirmou que a bancada do PMDB na Câmara pediu oficialmente o veto à presidente. "Ela não vetou por dois motivos: primeiro, porque teria que vetar tudo e deixaria sem fundo partidário algum. Segundo, pela pressão que alguns partidos fizeram", disse.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou nesta quinta-feira (23) que a presidente Dilma Rousseff atendeu aos pedidos das legendas e do Congresso Nacional ao sancionar no Orçamento deste ano aumento no repasse ao Fundo Partidário.

Terceirização.

No mesmo evento, Cunha disse que "muito se fala e pouco se explica" sobre o projeto que regulamenta a terceirização. "Eu desafio a dizer qual é o direito do trabalhador que está sendo aviltado com o projeto", afirmou.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta sexta-feira que não vai "sonegar" o debate nem "engavetar" o projeto que regulamenta a terceirização. Ele disse também que não entrará em polêmica sobre o tema com Eduardo Cunha.

Na noite de quinta, Cunha disse que, se o projeto da terceirização aprovado pelos deputados demorar para ser votado pelo Senado, propostas aprovadas pelos senadores passarão a ter "o mesmo tratamento" quando chegarem à Câmara. A declaração do presidente da Câmara foi uma reação a uma fala de Renan Calheiros, que criticou pontos do projeto aprovado pela Câmara e a suposta "pressa" na tramitação da proposta.
Fonte: Agência O Globo.
  


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