Eduardo Cunha diz que há revolta com aumento do repasse aos partidos.
O presidente da Câmara participou nesta sexta-feira de evento em Cuiabá.
O presidente da Câmara participou nesta sexta-feira de evento em Cuiabá.
O presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta sexta-feira (24) que a
população brasileira está revoltada com o aumento da verba da União para o
Fundo Partidário, o que, na visão dele, indica que o financiamento público de
campanhas não terá apoio.
Nesta semana, a presidente Dilma
Rousseff sancionou o Orçamento de 2015 e não vetou a emenda inserida no
Congresso Nacional que aumenta o valor destinado ao Fundo Partidário de R$ 289
milhões para R$ 867,5 milhões. A verba está prevista na lei eleitoral e é
distribuída às siglas para que possam realizar atividades partidárias.
"Se a população está
revoltada com mais dinheiro público a partido, isso mostra que o financiamento
público às eleições não terá amparo no país. Isso é um bem para o país",
disse Cunha. Ele voltou a dizer que é "absolutamente contrário" ao
financiamento público. "Se pudermos vetar, é ideal", completou,
durante discussão sobre a reforma política.
Cunha participou do evento
"Câmara Itinerante", que nesta sexta-feira (24) ocorreu em Cuiabá, no
Mato Grosso. Segundo a Câmara dos Deputados, o programa foi criado para que
parlamentares ouçam as necessidades locais, acolham sugestões e ampliem a
agenda legislativa nacional.
"Essa é uma decisão do
Congresso. Todo mundo cochilou", disse, sobre o aumento da verba destinada
ao Fundo Partidário. Em seguida, Cunha afirmou que a bancada do PMDB na Câmara
pediu oficialmente o veto à presidente. "Ela não vetou por dois motivos:
primeiro, porque teria que vetar tudo e deixaria sem fundo partidário algum.
Segundo, pela pressão que alguns partidos fizeram", disse.
O ministro da Secretaria de
Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou nesta quinta-feira (23) que a
presidente Dilma Rousseff atendeu aos pedidos das legendas e do Congresso
Nacional ao sancionar no Orçamento deste ano aumento no repasse ao Fundo
Partidário.
Terceirização.
No mesmo evento, Cunha disse que
"muito se fala e pouco se explica" sobre o projeto que regulamenta a
terceirização. "Eu desafio a dizer qual é o direito do trabalhador que
está sendo aviltado com o projeto", afirmou.
O presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta sexta-feira que não vai "sonegar"
o debate nem "engavetar" o projeto que regulamenta a terceirização.
Ele disse também que não entrará em polêmica sobre o tema com Eduardo Cunha.
Na noite de quinta, Cunha disse
que, se o projeto da terceirização aprovado pelos deputados demorar para ser
votado pelo Senado, propostas aprovadas pelos senadores passarão a ter "o
mesmo tratamento" quando chegarem à Câmara. A declaração do presidente da
Câmara foi uma reação a uma fala de Renan Calheiros, que criticou pontos do
projeto aprovado pela Câmara e a suposta "pressa" na tramitação da
proposta.
Fonte:
Agência O Globo.
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