Manifestantes em frente ao
Congresso Nacional, em Brasília, entraram em conflito com policiais militares
no protesto contra o projeto de lei que amplia a terceirização, realizado pela
CUT, MST, UNE e outras entidades, com apoio do PT, que aconteceu na tarde desta
terça-feira (7). Sindicatos ligados à CUT e outras entidades fizeram manifestações
em 17 estados e no DF.
Os primeiros manifestantes
chegaram ao gramado em frente ao Congresso Nacional às 13h. A confusão teve
início pouco depois das 15h. Às 16h20, os participantes seguiram a caminho do
anexo 2 da Câmara. Por volta das 18h30, eles começaram a deixar o local em
ônibus.
Segundo a PM, cerca de 2,5 mil
pessoas participaram do ato. De acordo com dirigentes da CUT, o protesto reuniu
4 mil pessoas. A assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados informou que ao
todo quatro pessoas foram detidas e oito ficaram feridas. Entre os que se
machucaram estão três manifestantes, um visitante, dois policiais militares e
os deputados Vicentinho (PT-SP), atingido por spray de pimenta, e Lincoln
Portela (PR-MG), que levou um soco de um dos manifestantes.
A PM informou que cinco
manifestante foram conduzidos para a delegacia do Congresso, sendo dois por
dano ao patrimônio, dois por lesão corporal e um por furto. Segundo a
corporação, um manifestante ferido e quatro policiais foram foram encaminhados
ao posto de saúde.
Segundo a PM, 200 policiais foram
destacados para o local. A manifestação também incluiu como pauta a defesa da
Petrobras, a reforma política e o governo Dilma, mas atacou o ajuste fiscal.
A confusão teve início depois que
manifestantes tentaram passar com o caminhão de som pela área que dá acesso à
chapelaria do Congresso. Segundo a PM, eles foram impedidos de seguir pelo
local porque bloqueariam a entrada. Um dos atingidos pelo spray de pimenta foi
o deputado federal Vicentinho (PT-SP), que foi fotografado chorando.
Às 15h45, manifestantes e polícia
pararam de avançar e mantinham distância. A PM fez uma barreira para impedir a
aproximação dos participantes do ato na entrada do Congresso.
Durante o protesto, as lideranças
da CUT pediram para que os participantes vaiassem o presidente da Câmara,
deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente do partido Solidariedade,
Paulinho da Força (SD-SP).
Por volta das 16h20, o grupo
começou a se dispersar. Segundo os manifestantes, estava prevista uma vigília
no anexo 2 da Câmara, onde o grupo iria acompanhar a votação do projeto de lei
4.330 na Câmara dos Deputados, que estava na pauta desta terça. A proposta
regulamenta contratos de terceirização no mercado de trabalho. Se aprovado,
será encaminhado diretamente para votação no Senado.
Após reunião dos líderes dos partidos durante a tarde, o relator do projeto, deputado Arthur Maia (SD-BA), disse que a Câmara iniciará nesta quarta (8) a votação do texto. Na sessão desta terça, os deputados analisam pedido para que a matéria tramite em regime de urgência, ou seja, possa ser votada diretamente no plenário e não precise passar por comissões.
O projeto tramita há 10 anos na Câmara e vem sendo discutido desde 2011 por deputados e representantes das centrais sindicais e dos sindicatos patronais. Ele prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade e não estabelece limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização. Além disso, prevê a forma de contratação tanto para empresas privadas como públicas.
Após reunião dos líderes dos partidos durante a tarde, o relator do projeto, deputado Arthur Maia (SD-BA), disse que a Câmara iniciará nesta quarta (8) a votação do texto. Na sessão desta terça, os deputados analisam pedido para que a matéria tramite em regime de urgência, ou seja, possa ser votada diretamente no plenário e não precise passar por comissões.
O projeto tramita há 10 anos na Câmara e vem sendo discutido desde 2011 por deputados e representantes das centrais sindicais e dos sindicatos patronais. Ele prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade e não estabelece limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização. Além disso, prevê a forma de contratação tanto para empresas privadas como públicas.
OUTROS ESTADOS.
CUT, MST, UNE e outras entidades,
com apoio do PT, promoveram atos pelo Brasil nesta terça, contra o projeto de
lei que amplia a terceirização, a favor da Petrobras, da reforma política e do
governo Dilma, e contra o ajuste fiscal. Os protestos ocorreram no DF e nos
estados do AC, AL, AP, BA, CE, DF, MA, MG, MT, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SE e SP.
Em Minas Gerais, os manifestantes se reuniram na Praça Afonso Arinos. De acordo com o secretário de Comunicação da CUT no estado, Neemias Rodrigues, o protesto é contra o PL 4330, que trata da terceirização, o ajuste fiscal, a corrupção e a redução da maioridade penal. Os manifestantes defendem a Petrobras, a democratização dos meios de comunicação, a democracia e a reforma política.
Em Minas Gerais, os manifestantes se reuniram na Praça Afonso Arinos. De acordo com o secretário de Comunicação da CUT no estado, Neemias Rodrigues, o protesto é contra o PL 4330, que trata da terceirização, o ajuste fiscal, a corrupção e a redução da maioridade penal. Os manifestantes defendem a Petrobras, a democratização dos meios de comunicação, a democracia e a reforma política.
O ato em São Paulo começou por volta
das 12h em frente ao Hospital das Clínicas e seguiu para a Rua da Consolação,
onde ocupou parcialmente a via até acabar, por volta das 13h. Também houve uma
caminhada da Frente Democrática em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) no
centro da cidade. O trânsito ficou lento na região, segundo a CET.
No Rio de Janeiro, trabalhadores
da Petrobras e de empresas terceirizadas que prestam serviço para a empresa
fizeram um ato em defesa dos direitos dos trabalhadores no Terminal Aquaviário, na Freguesia, na Ilha do Governador, e na
Termoelétrica Barbosa Lima Sobrinho, em Seropédica, na Baixada Fluminense, na
manhã desta terça.
O protesto
no Centro de João Pessoa reuniu 200 pessoas, segundo
a organização. A polícia não tem uma estimativa de público. O ato começou por
volta das 8h com um café da manhã no Ponto de Cem Reis. Por volta das 10h, os
manifestantes caminharam até a Superintendência do Ministério do Trabalho e
Emprego.
Em
Alagoas, a manifestação começou às 8h30, em frente à Casa da Indústria, na
Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, em Maceió. O ato durou cerca de uma hora e meia. Segundo a organização, pouco
mais de 10 pessoas participaram do ato, que não foi acompanhado pela polícia.
O protesto em Salvador reuniu,
segundo a organização, 100 pessoas – 70, segundo a Polícia Militar. A
concentração começou por volta das 7h em frente à Federação das Indústrias do
Estado da Bahia. Às 9h20, os manifestantes
saíram em caminhada pelas ruas da região.
O ato em
Fortaleza teve a adesão de motoristas e cobradores de ônibus, que fecharam
terminais. Outro grupo de trabalhadores
protestou no aeroporto, sem afetar os voos, e houve ainda protesto na Praça do
Ferreira, no Centro da capital cearense.
Em São
Luís houve uma coletiva de imprensa na sede da CUT pela manhã. A representante da entidade Júlia Nogueira disse os motivos pelos
quais a CUT é contra o projeto que regulariza a terceirização.
Os manifestantes se concentram no
Parque 13 de Maio para o ato no Recife. A CUT-PE estimou 3 mil pessoas na
passeata, que está prevista para começar às 17h, fazendo percurso pela Avenida
Conde da Boa Vista, Ponte Duarte Coelho e Avenida Guararapes.
Em Natal, o
ato foi realizado pelos servidores da saúde como parte de uma jornada nacional
promovida pelo CSP-Conlutas e outras entidades. De acordo com o Sindsaúde/RN, o protesto é "contra os ataques aos
direitos trabalhistas" e também marca o início da campanha salarial da
categoria, "que exige condições de trabalho, reajuste e melhorias na saúde
pública".
O protesto
em Aracaju começou por volta das 15h na área dos mercados centrais e tinha previsão de seguir em passeata até o Calçadão de Laranjeiras.
Cerca de 200 manifestantes participaram do ato, segundo a organização.
Pelo menos
30 pessoas participaram do ato pela manhã no Centro de Rio Branco, segundo a CUT no Acre. A Polícia Militar estima que participaram entre
20 e 30 pessoas.
Em Macapá, no Amapá, o ato contra o projeto que regulariza a terceirização ocorreu na Praça da Bandeira, no Centro, começando às 9h e encerrando por volta das 11h30.
Em Macapá, no Amapá, o ato contra o projeto que regulariza a terceirização ocorreu na Praça da Bandeira, no Centro, começando às 9h e encerrando por volta das 11h30.
Representantes de movimentos
populares e centrais sindicais fizeram um protesto
no salão de embarque do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Conforme a organização, eram 50 pessoas no local por volta das 10h.
No Mato Grosso, trabalhadores
do Movimento Sem-Terra (MST) bloquearam três rodovias, em protesto para cobrar
o assentamento de aproximadamente 600 famílias em quatro fazendas. De acordo com a PRF, 180 pessoas participaram da
manifestação.
Em Curitiba, um grupo de
manifestantes se reuniu na Praça Rui Barbosa, na região central da cidade no
fim da tarde. Eles protestaram contra o projeto de lei que regulamenta os
contratos de terceirização no mercado de trabalho. Segundo os organizadores, 50
pessoas participaram do ato. A PM calcula 30 pessoas.
Fonte: Agência O Globo.
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