Ao decidir pela prisão, Sérgio Moro levou em consideração pelo menos
cinco delações premiadas que ligam o nome de Vaccari com a Lava Jato.
Ao decidir pela prisão, o juiz
Sérgio Moro levou em consideração pelo menos cinco delações premiadas que ligam
o nome de Vaccari com a Lava Jato, e também a uma série de documentos que
seriam provas dos desvios de dinheiro para o PT. Sérgio Moro também argumentou
que João Vaccari poderia atrapalhar as investigações: "Em tal posição de
poder e influência política, poderá persistir na prática de crimes ou mesmo
perturbar as investigações e a instrução da ação penal".
Em relação ao suposto pedido de
Vaccari para que Augusto Mendonça, do grupo Toyo Setal, fechasse contratos com
a gráfica Atitude, Sérgio Moro afirmou que esses pagamentos foram:
"espécie de doação não contabilizada e não se tratam de doações eleitorais
registradas, mas pagamentos efetuados com simulação total ou parcial de
serviços prestados por terceiro a pedido de João Vaccari Neto".
O pedido de prisão foi
fundamentado também no caso Bancoop, o qual Vaccari é réu por vários crimes,
entre eles, desvio de dinheiro.
"Já há indícios concretos
que a reiteração criminosa dele em fatos semelhantes, crimes contra o sistema
financeiro, corrupção, desvio de recursos se estendeu pelos anos seguintes. O
fato da existência de uma ação penal já em curso em São Paulo não o intimidou
em nada", disse o delegado da Polícia Federal Igor de Paula.
O Ministério Público e a Polícia
Federal investigam ainda a evolução do patrimônio e movimentações financeiras
da família de João Vaccari. A suspeita é de que transferências bancárias e a
venda de imóveis tenham sido usadas para esconder o recebimento de propina.
“São operações fragmentadas,
típicas de lavagem de dinheiro para ocultar origem dos pagamentos e, enfim, que
não foram justificadas e que demonstram enriquecimento”.
Fonte: Agência Brasil.
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