sábado, 4 de abril de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 'SÁBADO DE ALELUIA' - 4 DE ABRIL DE 2015

COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.

REQUER RECONHECIMENTO DO GOVERNO REJEITADO PELO POVO.

Nobres:
Mesmo que não sejam reconhecidas por legiões que dizem seguir o governo “fantoche” as mil maravilhas e por abençoar a corrupção eleita no seio do governo, tem na realidade a “atopetada” reprovação do governo da presidente Dilma Rousseff, que, antes mesmo de completar três meses de seu segundo período de gestão, já registrava uma rejeição só comparável à do período José Sarney em 1989, reiteramos o reflexo da degradação da economia, da corrupção, da brusca mudança de discurso da presidente depois das eleições e de uma percepção crescente de ineficiência gerencial. Os 64% de desaprovação apontada na mais recente pesquisa Ibope, divulgada na quarta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), são a expressão de políticas públicas equivocadas, especialmente dos gastos desmesurados do último ano eleitoral, que levou o país a conviver novamente com a inflação, com tarifaço e elevação de preços, com a estagnação econômica e com indícios fortes de desemprego. Um aspecto particularmente inquietante é que nada menos de 55% dos entrevistados preveem tempos difíceis até o final do mandato, faltando ainda três anos e nove meses. As reiteradas tentativas de integrantes do governo de explicar o que ocorre como uma situação momentânea, potencializada pelas mobilizações populares de março e que prometem se repetir neste mês, não se sustentam. Os indícios de insatisfação já são visíveis até em parcelas da sociedade que apoiavam a administração, até mesmo por terem registrado ascensão social e econômica nos últimos anos. É natural que, agora pode perder conquistas por culpa da má gestão, indissociável da origem da crise, e de escândalos financeiros que subtraem volumes elevados de recursos, limitando a atuação do poder público em áreas apontadas como essenciais pela sociedade, como vem sendo cobrado desde os protestos de 2013. A presidente da República precisa encontrar formas de convencer os brasileiros de que tem condições políticas e gerenciais de reverter esse cenário de desalento, mesmo sem contar com uma base de apoio parlamentar estruturada, inclusive entre integrantes do PT, pelo qual se elegeu. Nesse contexto, o rigor nas contas públicas anunciado pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda, ainda pendente de aprovação pelo Congresso, aparece como tênue alternativa para a reversão do desânimo em que o país se encontra. Ainda assim, por mais que imponha um custo alto para os brasileiros e contrarie o discurso de campanha da presidente, o ajuste fiscal pode ser alternativo para reconduzir o país ao equilíbrio e o possível crescimento - SEM A CORRUPÇÃO ENCASTELADA NO GOVERNO - se não, é enveredar por caminhos tortuosos tanto que seja o PODER  e a população que se manifesta a toda hora.

Antônio Scarcela Jorge.

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