COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.
REQUER
RECONHECIMENTO DO GOVERNO REJEITADO PELO POVO.
Nobres:
Mesmo que não sejam reconhecidas por
legiões que dizem seguir o governo “fantoche” as mil maravilhas e por abençoar
a corrupção eleita no seio do governo, tem na realidade a “atopetada”
reprovação do governo da presidente Dilma Rousseff, que, antes mesmo de
completar três meses de seu segundo período de gestão, já registrava uma
rejeição só comparável à do período José Sarney em 1989, reiteramos o reflexo
da degradação da economia, da corrupção, da brusca mudança de discurso da
presidente depois das eleições e de uma percepção crescente de ineficiência
gerencial. Os 64% de desaprovação apontada na mais recente pesquisa Ibope,
divulgada na quarta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), são a
expressão de políticas públicas equivocadas, especialmente dos gastos
desmesurados do último ano eleitoral, que levou o país a conviver novamente com
a inflação, com tarifaço e elevação de preços, com a estagnação econômica e com
indícios fortes de desemprego. Um aspecto particularmente inquietante é que
nada menos de 55% dos entrevistados preveem tempos difíceis até o final do
mandato, faltando ainda três anos e nove meses. As reiteradas tentativas de
integrantes do governo de explicar o que ocorre como uma situação momentânea,
potencializada pelas mobilizações populares de março e que prometem se repetir
neste mês, não se sustentam. Os indícios de insatisfação já são visíveis até em
parcelas da sociedade que apoiavam a administração, até mesmo por terem
registrado ascensão social e econômica nos últimos anos. É natural que, agora pode
perder conquistas por culpa da má gestão, indissociável da origem da crise, e
de escândalos financeiros que subtraem volumes elevados de recursos, limitando
a atuação do poder público em áreas apontadas como essenciais pela sociedade,
como vem sendo cobrado desde os protestos de 2013. A presidente da República
precisa encontrar formas de convencer os brasileiros de que tem condições
políticas e gerenciais de reverter esse cenário de desalento, mesmo sem contar
com uma base de apoio parlamentar estruturada, inclusive entre integrantes do
PT, pelo qual se elegeu. Nesse contexto, o rigor nas contas públicas anunciado
pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda, ainda pendente de aprovação pelo
Congresso, aparece como tênue alternativa para a reversão do desânimo em que o
país se encontra. Ainda assim, por mais que imponha um custo alto para os
brasileiros e contrarie o discurso de campanha da presidente, o ajuste fiscal
pode ser alternativo para reconduzir o país ao equilíbrio e o possível
crescimento - SEM A CORRUPÇÃO ENCASTELADA NO GOVERNO - se não, é enveredar por caminhos tortuosos tanto que seja o PODER e a população que se manifesta a toda hora.
Antônio Scarcela Jorge.
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