Movimentos contrários ao governo Dilma se reúnem em Brasília para
alinhar novas ações e elaborar a Carta do Povo Brasileiro, que deve ser
entregue ao Congresso. Impeachment da presidente é principal reivindicação.
Após duas manifestações de ruas
em menos de um mês e certa queda no poder de mobilização, os movimentos de ruas
anunciaram aliança e prometem partir para nova etapa na luta por suas
reivindicações, a principal delas o pedido de impeachment da presidente Dilma
Rousseff (PT). Amanhã, os grupos se reúnem em Brasília para alinhar novas ações
e elaborar a Carta do Povo Brasileiro, que deve ser entregue ao Congresso
Nacional.
Gustavo Menescal, que integra
Instituto Democracia e Ética (IDE), responsável pelas mobilizações em
Fortaleza, afirma que a nova etapa parte da união entre os movimentos para
determinar quais serão as próximas ações, além da Carta. O encontro dos grupos,
marcado para amanhã, surge da criação da Aliança dos Movimentos Democráticos de
Rua do Brasil, anunciada pelo movimento Vem Pra Rua, em São Paulo.
Repercussão.
Repercussão.
O deputado federal Odorico
Monteiro (PT) pontua que as manifestações são parte da democracia. Ele afirma
que Dilma foi eleita constitucionalmente. “Não há crise institucional, as
denúncias de corrupção estão sendo apuradas e isso deve resultar no esgotamento
dos movimentos que têm agenda conservadora”.
Para o deputado estadual João Jaime (DEM-CE), os protestos devem mudar a atuação daqui para frente. “Você não pode estar todos os dias nas ruas. Os líderes estão falando em marcha para Brasília, creio que o caminho é pressionar o Congresso”, pontua.
“Esse é o momento de analisar o
que temos de positivo e pensar nos próximos passos. É preciso ter um norte. Não
podem ser apenas manifestações. Temos uma série de deliberações a fazer”, disse
Gustavo Menescal.
Segundo ele, os grupos decidirão, dentre outros temas, sobre realizar ações mais efetivas pelo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff e pela cassação do registro do Partido dos Trabalhadores. Ele frisa que independentemente da inclusão de novas bandeiras, o movimento se manterá contra o atual governo.
O professor de Ciência Política
da FGV, Cláudio Couto, destaca que a obsessão dos movimentos pelo PT se deve ao
tempo de governo (12 anos), à forma como o partido reagiu a crises anteriores -
como o caso do mensalão - e à mudança na relação de classes promovida por
políticas públicas do PT. Gustavo frisa que há insatisfação com outros
partidos, mas o fato de o PT “tentar transformar a corrupção em algo virtuoso”,
sem punições exemplares aos seus integrantes, piora a situação do partido.
Fonte: Agência Brasil.
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