COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.
O LIMITE É O INFINITO.
“O BRASIL NÃO PODE MAIS ACREDITAR”.
Nobres:
O protecionismo o que digamos a
partir de hoje, “a santa corrupção no país” transpõe a imaginação do ser
humano. Exatamente no momento em que apareciam como instituições mais
confiáveis na percepção da população brasileira, o Ministério Público e a
Polícia Federal envolvem-se numa disputa por protagonismo que ameaça
comprometer as investigações da Operação Lava-Jato e a punição dos corruptos e
corruptores que saquearam a Petrobras. Por conta desta inoportuna gincana de
vaidades, o Supremo Tribunal Federal já suspendeu, a pedido do MP, diligências
e inquéritos envolvendo parlamentares. A disputa de bastidores entre policiais
federais e procuradores da República em torno do comando da apuração da
Operação Lava-Jato ganhou dimensão quando a PF soube que procuradores
telefonaram a políticos investigados, sugerindo que eles poderiam optar por
fazer seus depoimentos na sede do MP, em vez de se apresentar à Polícia
Federal. Ora, essa competição não interessa à população brasileira. O Brasil não está
procurando heróis nem paladinos da Justiça. Está, isto sim, empenhado no
combate à corrupção, que depende de instituições democráticas fortes e responsáveis.
A Polícia Federal e o Ministério Público têm papéis claros, definidos pela
Constituição. Devem exercê-los em parceria, de forma harmoniosa e produtiva,
para que continuem contando com o apoio e com o respeito da sociedade. O
protagonismo na moralização do país não pode ser de uma ou outra instituição,
mas sim de todos os brasileiros comprometidos com a ética e com a democracia.
Este é o Brasil através de suas instituições do Estado brasileiro, passam a se
render e se incorporar o vergonhoso circulo de não civilidade, uma propriedade
da cultura, dos costumes e do comprometimento ético que um dia imaginamos.
Antônio Scarcela Jorge.
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