COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
ROUBO GENERALIZADO INSTITUCIONALIZADO
PROMOVIDO POR SEGMENTOS DO GOVERNO BRASILEIRO.
Nobres:
O
maior prejuízo da história da Petrobras, que se apequenou e se transformou na mais
endividada do setor, tem três causas principais: má gestão, roubo e
aparelhamento político. O balanço auditado, divulgado com atraso devido ao
escândalo investigado pela Operação Lava-Jato, expõe para os brasileiros e para
o mundo a desastrada administração da companhia pelos governos petistas, mas
também revela a oportunidade de uma guinada para a transparência e para a
depuração da empresa, que pode, sim, se recuperar. A situação da maior estatal
brasileira, símbolo do potencial do país numa área mundialmente disputada como
a de petróleo, só não é pior justamente porque, diante da pressão internacional
e dos riscos que corria, a empresa optou pelo realismo dos números. Conseguiu,
assim, que o balanço fosse aprovado sem ressalvas pela auditoria independente,
um indicativo visto como positivo pelo mercado. É significativo também que a
opção pela verdade tenha coincidido com as primeiras condenações da Lava-Jato.
Ao rechaçar não apenas a falta de transparência, mas também a impunidade, o
país dá um sinal promissor de estar optando por novos parâmetros. É isso o que
se espera particularmente da Petrobras, O gigante abalado por um somatório
perverso de causas, com destaque para a corrupção. A publicação do balanço é só
o início de um processo que inclui o equacionamento da dívida, a reconquista da
confiança dos investidores e um pacto firme de que nunca mais haverá margem
para práticas como a propina institucionalizada.
Antônio Scarcela
Jorge.
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