100 DIAS DE GESTÃO
OPOSITOR COBRA EXECUÇÃO
DE PROMESSAS DE CAMPANHA.
Após lançamento de nota do
Governo do Estado sobre ações executadas nos primeiros 100 dias da gestão, o
deputado Danniel Oliveira (PMDB) afirmou ontem, da tribuna da Assembleia
Legislativa, que foram "100 dias sem nada". Na visão do parlamentar,
a gestão do governador Camilo Santana (PT) ainda não conseguiu deixar uma marca
em qualquer esfera do Governo.
O peemedebista disse que, na
Segurança Pública, a gestão ressaltou a redução das mortes violentas nos meses
de fevereiro e março. "Porém, é importante frisar que, em janeiro, foram
mais de 1.050 assassinatos", apontou, citando promessa de campanha do
governador de ampliar o Raio de 45 para 150 equipes, com atuação no Interior.
"Sequer iniciou o processo", critica.
Em relação à Saúde, enquanto a
gestão salientou o atendimento a mais de dois milhões de pessoas nas Unidades
de Pronto Atendimento (UPAs), Oliveira lembrou que Camilo prometeu a construção
de uma UPA em cada município com população superior a 50 mil habitantes.
O parlamentar acrescentou que,
embora o governador tenha prometido a realização de um concurso público para
contratar 12 mil profissionais de saúde, uma das primeiras atitudes tomadas por
ele foi um corte de 20% no custeio da pasta. "Essa medida impactou onde a
população mais precisa, que é na contratação de agentes de saúde e aquisição de
remédios", lamentou.
Paralisação das obras.
Já na área da habitação, Danniel
destacou a paralisação de obras do programa federal Minha Casa Minha Vida.
"Um dos compromissos do governador foi a expansão do programa, mas o que
vemos nos jornais é que as obras, principalmente na região centro-sul do
Estado, estão todas paralisadas", declarou. "O Ceará já era um dos
estados com menor índice de entrega de moradias. Agora tende a ser o pior".
Na visão do deputado, a
paralisação das obras impactam a geração de emprego. "Nos três primeiros
meses de governo, já são mais de 10 mil demissões no Estado apenas das
carteiras assinadas", alertou.
Em relação à mobilidade urbana, o
parlamentar focou na paralisação das obras. Ele destacou que o Veículo Leve
sobre Trilhos (VLT) era uma promessa para a Copa do Mundo, mas ainda não foi
entregue. "Que o governador finque o pé, faça sua marca".
Em aparte, o deputado Roberto
Mesquita (PV) ressaltou que o papel dos parlamentares que não apoiaram a
eleição da atual gestão é cobrar que o governador cumpra as promessas para
evitar que o programa de governo "se transforme em estelionato
eleitoral". "A impressão é que quem ganhou foi a oposição, dada a
quantidade de paralisações e problemas", afirmou, completando que o Estado
"não está parando, está andando de ré".
Fonte: Agência Diário.
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