Augusto Mendonça Neto disse que pagou R$
30 milhões em propina para Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da
Petrobras a mando do ex-deputado José Janene, do PP, já falecido; e entre R$ 56
milhões e R$ 60 milhões a Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras.
Valores, segundo o empresário, entregues em dinheiro, no exterior, e como
doação para campanha eleitoral do PT.
Sobre as áreas de serviços e
abastecimento, Augusto Mendonça disse que a corrupção era generalizada.
“Era generalizado porque eles queriam
aplicar sobre todos os contratos que existiam dentro da Petrobras. Essas duas
diretorias só conseguiram fazer isso
porque atuavam em conjunto", diz Augusto Mendonça Neto, presidente da
Setal Engenharia.
Ele afirmou também que se reuniu pelo
menos dez vezes com João Vaccari Neto, antes mesmo de ele virar tesoureiro do
PT. Vaccari se desligou do cargo quando foi preso na semana passada.
“O Duque, em algumas oportunidades, me
pediu para que eu fizesse contribuições ao Partido dos Trabalhadores”. Na
primeira vez, eu fui procurar o João Vaccari no escritório do PT.
Fizemos outras contribuições. Eu tenho
todas as contribuições detalhadas, os comprovantes entregues, tudo isso no meu
depoimento”, diz Augusto Mendonça Neto.
O empresário Augusto Mendonça Neto foi
quem revelou a existência de um grupo de empresas, o chamado "clube das
empreiteiras", que dividia entre elas as obras da Petrobras.
Na sexta-feira (24), deputados da CPI
vão à Curitiba para conversar com o juiz Sérgio Moro. Eles vão pedir acesso aos
documentos da investigação e acertar uma agenda para que os presos da Operação
Lava Jato possam depor na CPI.
O advogado de João Vaccari disse que
quaisquer reuniões mantidas pelo ex-tesoureiro do PT com o delator Augusto
Mendonça foram para tratar de doações legais.
O PT reitera que as doações que recebe
são realizadas dentro da lei e aquelas feitas pelas empresas representadas por
Augusto Mendonça foram declaradas à Justiça.
Fonte: Agência O Globo.
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