quinta-feira, 2 de abril de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2015

COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.

FINANCIAMENTO DE CAMPANHA POR EMPRESÁRIOS.

Nobres:
Antes de tudo o Brasil deverá promover as mudanças dos costumes enfim para mudar as leis. Neste aspecto não sabemos mais, se  os empresários financiam para corromper ou se, na verdade, são vítimas de extorsão. O certo é que há muita sujeira emporcalhando as relações entre o Estado e as empresas que se envolvem com o custeio milionário de comícios, folhetos, faixas, cartazes, viagens, gravação de programas de rádio e televisão, além de outras rubricas não declaradas. Diga-se que as prestações de contas não revelam o propósito de quem faz alguma doação. A ideia é sempre cobrar depois. Valores doados são  um empréstimo, cujo ressarcimento virá pelas vitórias em licitações fraudulentas. Por isso, se faz necessário àquilo que cognominamos de “financiamento democrático” e derrube as desigualdades que o poder do dinheiro causa entre os candidatos. As campanhas eleitorais são caras demais, abusivamente dispendiosas. Que venham regras de limitação de gastos. Exigência inafastável será a de respeito máximo aos princípios republicanos e democráticos, o que implica proteger a igualdade. Que venha logo a legislação adequada à depuração, mesmo antes de o Supremo Tribunal Federal chegar a decidir a ação promovida pela OAB para impedir o financiamento das campanhas pelas empresas. O julgamento está parado, aguardando o voto do ministro Gilmar Mendes, que pediu vista há um ano e ainda não anunciou quando irá votar. O que transparece mais uma ação eleita do corporativismo que convenhamos ser natural em função dos “preceitos” que comina a mais alta Corte de Justiça do País.  Porém se cogente afirmar, que seis ministros do judiciário já votaram em acabar com o financiamento pelas empresas, um para manter o quadro atual. Como os ministros podem mudar seus votos na retomada, a maioria estabelecida precisa ser confirmada antes da proclamação do resultado. Antes que seja vencido o impasse no tribunal, o Congresso que agora expressa a vontade de acertar, em consonância com as aspirações da população, pode e deve agir, legislando.

Antônio Scarcela Jorge.

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