CAMPOS DIZ QUE GOVERNO
FEDERAL É OMISSO NA POLÍTICA DE SEGURANÇA.
Em visita ao Afroreggae, no Rio,
pré-candidato do PSB defendeu a criação de um sistema nacional para o tema, nos
moldes da Saúde e da Assistência Social.
RIO. Em ritmo de campanha, o
pré-candidato a Presidência da Republica pelo PSB Eduardo Campos, visitou na
tarde desta terça-feira o Centro Cultural do AfroReggae, na favela de Vigário
Geral, Zona Norte do Rio, ainda sob o domínio do tráfico de drogas. Ao lado da
ex-senadora Marina Silva, que será vice em sua chapa, Campos atacou a política
nacional de segurança pública do governo da presidente Dilma Rousseff, pré-candidata
à reeleição pelo PT. Segundo o ex-governador de Pernambuco, o governo federal é
omisso em relação ao tema.
O governo federal corre deste
tema de segurança, se omite. Não coloca recursos, não discute um pacto
federativo para fortalecer e formar um sistema nacional de defesa social e
segurança pública criticou o pré-candidato.
Aos jornalistas, Campos defendeu
a criação de um Sistema Nacional de Segurança, nos moldes da Saúde e da
Assistência Social. No entanto, ele negou criar um ministério de Segurança
Pública caso seja eleito. O ex-governador pernambucano também defendeu as
manifestações no período da Copa do Mundo, mas sem violência.
O Brasil não conseguiu construir
e consolidar um sistema nacional de segurança. Não se pode ter um sistema
apenas para quando houver uma Copa do Mundo. O povo está precisando de mais
segurança afirmou.
Eduardo
Campos evitou criar polêmica após as declarações do deputado federal Alfredo
Sirkis (PSB-RJ). Nesta segunda, Sirkis afirmou
que Campos está conduzindo de forma ‘bizarra e negligente’ a sua pré-campanha
no estado do Rio.
O Sirkis vai ser ouvido e vai dar
a contribuição dele — disse Campos, defendendo a pré-candidatura do deputado
federal Miro Teixeira (PROS) ao governo fluminense, mas minimizou o mal estar: Nenhuma
campanha decolou ainda. Essa é uma fase de diálogo e preparação concluiu.
Campos e Marina chegaram ao
AfroReggae por volta das 16h, e foram recebidos por um grupo de crianças do
projeto, que fizeram uma apresentação de percussão. Os dois também visitaram as
instalações do Centro Cultural criado após a chacina de Vigário Geral, em 1993.
Eles foram recepcionados pelo idealizador do projeto, José Júnior, que chegou
ao local acompanhado por seguranças e por policiais do CORE (Coordenadoria de
Recursos Especiais), que fazem sua segurança após ter recebido ameaças de
morte.
Além de Marina, Campos estava
acompanhado por assessores e pelo prefeito de Petrópolis, Rubens Bontempo
(PSB). O grupo assistiu apresentações de dança, teatro e música. Em fevereiro
deste ano, o pré-candidato à presidência pelo PSDB Aécio Neves esteve na sede
do Afroreggae na Lapa.
Ainda nesta terça-feira, estava
programado um jantar para Campos e Marina promovido por artistas no Jockey Club
Brasileiro, na Gávea, Zona Sul do Rio.
MARINA
DEFENDE CONSULTAS PÚBLICAS
Marina defendeu as consultas
públicas determinadas por decreto editado pela presidente Dilma para que as
instituições federais decidam sobre o tema. Segundo a ex-senadora, a criação da
Política Nacional de Participação Social (PNPS) está sendo tratada de forma
eleitoreira.
- A participação social é algo
muito bom. Obviamente isso deve ser feito ao longo de toda uma vida e não
apenas um processo vinculado ao processo eleitoral - afirmou ela.
- Já Campos não se posicionou
sobre o assunto:
- “Ainda estou fazendo uma
análise profunda sobre o tema para fazer nos próximos dias uma fala”.
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