sábado, 7 de junho de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - SÁBADO 07 DE JUNHO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

NO LIMIAR DA COPA DO MUNDO

Nobres:
O cenário dos acontecimentos do globo se volta para o inicio da Copa do Mundo a menos de uma semana, aqui no Brasil, que paralelamente ocorrem por várias manifestações de descontentamento do povo brasileiro com o seu governo. Por razões explícitas a realização da Copa do Mundo em 2014 trouxe inquietações no seio da sociedade. Com investimentos que superam os R$ 25 bilhões, boa parte destes, oriundos dos cofres públicos, perguntas começaram a surgir, como por exemplo: O que é mais importante para o país? A construção de hospitais ou de estádios de futebol? Coroar o término de uma gestão governamental com o anúncio de que o país irá sediar o Mundial, não poderia ser mais esperançoso. Porém, talvez o efeito da Copa não seja o esperado pelo governo que a trouxe para solo brasileiro, sobretudo com a politização do esporte. A contrariedade à Copa do Mundo deveria ter sido proclamada quando se cogitava a hipótese de o Brasil sediar um evento de tamanha grandeza. Desestabilizar o Brasil e torcer para que a nossa seleção não saia vencedora tenha sido estratégia de muitos que fazem oposição ao governo estabelecido. Isto é misturar “alhos com bugalhos”. Mas este filme já foi visto: Na copa de 70 o Brasil foi tri no México e a engenharia política militar se valeu desta conquista, para mostrar uma nação maravilhosa e não um país reprimido pela ditadura. Em 78 os peronistas viviam um tenso momento político e a Argentina criou manobras midiáticas para que os holofotes estivessem voltados aos gramados. Ou seja, não é de hoje que o futebol serve para mascarar problemas sociais e é utilizado com um fim político. Indagamos! - e em 2014; quais as cenas dos próximos capítulos? A realização do mundial no Brasil está abrindo feridas de um povo descontente com os serviços públicos oferecidos. Porém, não se enganem, pois há quem esteja tirando proveito disto. Um crime com o orgulho nacional.  A Seleção Brasileira perde o brilho quando a construção dos estádios é objeto de atenção da maioria, ao invés da expectativa de ver a bola balançar a rede. São focos coincidentes em fase diversa.
Antônio Scarcela Jorge.



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