COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
NO LIMIAR DA COPA DO MUNDO
Nobres:
O cenário dos
acontecimentos do globo se volta para o inicio da Copa do Mundo a menos de uma
semana, aqui no Brasil, que paralelamente ocorrem por várias manifestações de descontentamento
do povo brasileiro com o seu governo. Por razões explícitas a realização da
Copa do Mundo em 2014 trouxe inquietações no seio da sociedade. Com
investimentos que superam os R$ 25 bilhões, boa parte destes, oriundos dos
cofres públicos, perguntas começaram a surgir, como por exemplo: O que é mais
importante para o país? A construção de hospitais ou de estádios de futebol? Coroar
o término de uma gestão governamental com o anúncio de que o país irá sediar o
Mundial, não poderia ser mais esperançoso. Porém, talvez o efeito da Copa não
seja o esperado pelo governo que a trouxe para solo brasileiro, sobretudo com a
politização do esporte. A contrariedade à Copa do Mundo deveria ter sido
proclamada quando se cogitava a hipótese de o Brasil sediar um evento de tamanha
grandeza. Desestabilizar o Brasil e torcer para que a nossa seleção não saia
vencedora tenha sido estratégia de muitos que fazem oposição ao governo
estabelecido. Isto é misturar “alhos com bugalhos”. Mas este filme já foi
visto: Na copa de 70 o Brasil foi tri no México e a engenharia política militar
se valeu desta conquista, para mostrar uma nação maravilhosa e não um país
reprimido pela ditadura. Em 78 os peronistas viviam um tenso momento político e
a Argentina criou manobras midiáticas para que os holofotes estivessem voltados
aos gramados. Ou seja, não é de hoje que o futebol serve para mascarar
problemas sociais e é utilizado com um fim político. Indagamos! - e em 2014; quais
as cenas dos próximos capítulos? A realização do mundial no Brasil está abrindo
feridas de um povo descontente com os serviços públicos oferecidos. Porém, não
se enganem, pois há quem esteja tirando proveito disto. Um crime com o orgulho
nacional. A Seleção Brasileira perde o brilho quando a construção dos
estádios é objeto de atenção da maioria, ao invés da expectativa de ver a bola
balançar a rede. São focos coincidentes em fase diversa.
Antônio Scarcela
Jorge.
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