Belo Horizonte - Duramente
criticados nesta sexta-feira, 30, pela maioria dos participantes de encontro do
PT mineiro, incluindo a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, o governo do Estado e o diretório do PSDB em Minas divulgaram
notas neste sábado, 31, rebatendo parte dos ataques petistas.
Segundo o documento divulgado
pelos tucanos, o PT recorre a "mentiras" e Dilma "zomba da
inteligência e da memória" da população ao criticarem o Executivo
estadual, comandado desde 2003 pelos tucanos e hoje sob a gestão de Alberto
Pinto Coelho (PP), aliado do PSDB no Estado.
Um dos temas da troca de farpas é
a expansão do metrô da capital mineira, motivo de acusações mútuas entre
petistas e tucanos. "Andaram dizendo por aí que as obras do metrô não
tinham avançado porque o governo federal não tinha liberado o dinheiro. Isso é
uma falsidade. As obras não avançaram porque o governo do Estado não concluiu o
projeto. Enquanto não concluir, não pode fazer", afirmou a presidente
Dilma nesta sexta, durante evento do PT.
Segundo ela, os recursos para
obras de metrô foram liberados para Salvador (BA) e Fortaleza (CE) "como
foram para Minas Gerais, na mesma época". "E as obras nestas duas
cidades já começaram e estão em andamento. O dinheiro está disponível. Falta
projeto", salientou.
"O metrô de Belo Horizonte,
quatro anos sem projeto. O dinheiro federal para pagar o projeto está lá.
Acabaram de entregar, porque começa a campanha eleitoral, um projeto mal feito,
fajuto e que não sobrevive a uma análise técnica bem feita", disparou o
ex-ministro Fernando Pimentel, que deve disputar o governo de Minas com o
também ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB).
De acordo com o governo de Minas,
em abril de 2012 a União concordou com a colaboração do Estado para a
elaboração dos projetos de engenharia, mas o convênio "só foi assinado
pelo governo federal um ano depois" e o documento foi entregue no início
de maio deste ano, "o que representa prazo recorde para projetos de tal
complexidade".
"Cabe esclarecer que a Caixa
Econômica Federal solicitou detalhamento de 10% dos dez itens e 366 subitens
que compõem os orçamentos apresentados. Esses detalhamentos estão sendo
providenciados e serão apresentados à instituição como informações
complementares", diz a nota.
Cidade Administrativa. Outro
motivo de ataque foi a Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, sede do
Executivo mineiro inaugurado no fim do segundo mandato de governador do hoje
senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário de Dilma na corrida presidencial de
outubro.
Em seu discurso recheado de
ataques ao tucano, Lula afirmou que o projeto foi a "grande obra
de infraestrutura" que a gestão tucana executou e que a Cidade
Administrativa "é quase uma coisa feita para ele (Aécio) próprio".
"Criticam a construção da
Cidade Administrativa, obra feita no prazo e no custo previsto, façanha que, em
12 anos, o governo federal não conseguiu realizar com nenhuma das promessas que
fez para o estado", diz nota divulgada pelo PSDB, que cita outras obras
realizadas pelo governo mineiro e afirma que os petistas "fogem do acerto
de contas com os mineiros".
"A comitiva presidencial
poderia ter conhecido um pouco do trabalho do PSDB no estado. A presidente
Dilma voltou a Minas e, mais uma vez, zomba da inteligência e da memória dos
mineiros", conclui o texto.
Fonte:
Agência O Estado.
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