COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
CONSCIENTIZAÇÃO
Nobres:
Encontramos
o atual momento em que o povo brasileiro de vários segmentos sociais procura se
manifestar em alusão ao descontentamento que fluiu em atenção ao governo
brasileiro, por sua ausência de ação aos setores de educação saúde segurança e
de locomoção entre os principais centros urbanos do país numa fase inoportuna
onde se proclama o ano da Copa do Mundo sediada no Brasil. A geração as
discussões são evidentes para esses pleitos acentuando focos direcionais que
contempla aos eventos. Por este aspecto, quando se se fala que religião,
política e futebol não se discutem. Porém estamos desacordo, porque um debate
sempre nos ajuda a construir o conhecimento. Isso, claro, se utilizar à razão
e, por conseguinte, os debatedores reconhecerem quando estão errados. Porém,
muitos não querem ver “desabarem” suas convicções e perderem algo que lhes dá
apoio. O religioso busca na fé um sentido para sua vida. O militante vê apenas
no seu partido as soluções para os problemas de um país. O torcedor jamais vai
admitir que seu time estivesse inferior ao outro. Deixam-se levar mais pelo
lado emocional e, quando questionados, se não têm mais argumentos para se
defenderem, podem partir para a violência. No Brasil, de uma forma geral, as
pessoas dificilmente discutem suas crenças religiosas, pois basta a palavra do
padre ou do pastor para sustentar sua fé. No campo político, guiam-se pela
mídia e as pesquisas, não suportam o horário eleitoral e quem se interessa um
pouco mais se torna fanático, principalmente pelo partido que lhes satisfaz os
interesses pessoais. Até aí, a máxima funciona. Já no futebol, as discussões se
espalham por todo o canto. Todos têm sua opinião e vão até as últimas
consequências para defender seu time, por exemplo. Nem nessa época de Copa do
Mundo entram num consenso, pois cada um tem sua escalação preferida e não nutre
a mesma simpatia pelo treinador. Só na hora do apito inicial todos se unem
“numa só emoção”, como diz o slogan de uma rede de TV. Da mesma forma, deixou
de ser da elite para se tornar popular e, principalmente, masculino. É o momento
de alegria de um lado e o sentimento de perda do outro. Nesse sentido, o futebol é uma metáfora para a vida: às vezes ganhamos, outras
perdemos; há solidariedade e há deslealdade; há bondade e há violência; às
vezes há jogo limpo, outras vezes há desonestidade; há tristezas e há alegrias;
há tolerância e também preconceito; existem times pobres, outros ricos e alguns
muito ricos; há baixos salários e há altos salários; erramos, acertamos;
brigamos, fazemos as pazes; batemos e apanhamos. Mas não podemos esquecer:
os jogos terminam e se repetem em outros dias, os campeonatos se repetem todos
os anos, a Copa do Mundo se repete a cada quatro anos. No entanto, a “copa da vida
não tem repetição e é mais real”. Vamos a Copa do Mundo um surreal
intransponível ao acalento popular, melhor para interesses de um conjunto de
organização internacional sob a batuta de segmentos empresariais, da mídia do
capital social custodiado pelo governo que lhe oferecem sede em detrimento a
crise social e moral que ora experimenta.
Antônio Scarcela Jorge.
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