Lewandowski descarta pressa para finalizar mensalão
O
presidente interino do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski
afirmou que a Corte não deve ter pressa para julgar os recursos dos condenados
do “mensalão”.
O presidente interino do Supremo
Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski afirmou nesta terça-feira que a
Corte não deve ter pressa para julgar os recursos que serão movidos por
condenados por envolvimento com o esquema de compra de votos no Congresso
durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Nós temos que garantir não
apenas, segundo dispõe a Constituição Federal do Brasil, o mais amplo direito
de defesa, que é um princípio universal. Portanto não devemos ter pressa nesse
aspecto. Aliás, não vejo por quê. Não há nenhuma prescrição em vista. Então
deixemos que o processo flua normalmente", disse Lewandowski. Nesta semana
ele substitui na presidência do STF Joaquim Barbosa, que está em viagem
internacional.
Relator do processo, Barbosa
votou a favor de condenar a maioria dos réus, envolvendo-se em discussões
acaloradas com Lewandowski, que era o revisor do processo. Lewandowski não fez
previsões sobre quando o tribunal julgará os recursos que os réus começaram a
entregar nesta terça na Corte. Mas, para Barbosa, é possível que o assunto
esteja resolvido até julho.
Embargos
O advogado Paulo Sérgio Abreu e
Silva, que defendeu o também advogado Rogério Tolentino, encaminhou ao STF o
primeiro recurso contra a condenação. A seu cliente, que foi sócio do publicitário
Marcos Valério Fernandes de Souza, foi imposta uma pena de 6 anos e 2 meses
pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
No recurso, o advogado contesta o
fato de os condenados por corrupção passiva terem sido punidos com base numa
lei anterior, que estabelecia penas menores. "Como pode o corruptor ser
condenado nos termos da legislação nova, mais gravosa, e os corrompidos na
legislação anterior, com pena mais branda?" Se o argumento for aceito, ele
espera reduzir a pena de seu cliente em cerca de um ano.
Fonte: O Estadão.
Opinião:
(dois pesos e duas medidas –
sempre arguindo o imperativo e o interpretativo da Lei)
- Pela
vontade desse ministro; - os condenados do mensalão - só deveriam cumprir suas
penas na eternidade. Vôte!
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