DILMA NÃO IRÁ ÀS FESTAS DE 1º DE MAIO DAS CENTRAIS,
DIZ CARVALHO.
O
ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou nesta
segunda-feira (29) que a presidente Dilma Rousseff "certamente" não
participará dos eventos de 1º de Maio. "Enquanto a gente não tiver o 1º de
Maio unificado, não faz sentido a presidenta fazer uma escolha no 1º de Maio. A
presidenta recebeu as centrais, nós estamos trabalhando a pauta das centrais,
mas ela não vai ao 1º de Maio." Carvalho disse também que irá se encontrar
amanhã com Dilma para tomar uma posição em relação à pauta de reivindicações
apresentada pelas principais centrais sindicais em março. "Nós vamos nos
encontrar com a presidenta amanhã para tomar a nossa posição em relação ao 1º
de Maio", disse Carvalho na entrada de uma audiência pública no Senado
sobre projeto de lei que regula as parcerias entre governo e ONGs. Indagado se
a regulamentação da PEC das Domésticas também poderá ser discutida com a
presidente, ele disse não saber, mas que é possível. Ainda sem resposta do
governo federal, as entidades sindicais ameaçam transformar os shows do Dia do
Trabalho em palanques contrários à presidente. A Força Sindical, por exemplo,
pretende abrir espaço em seu evento em São Paulo para presidenciáveis da
oposição: Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE) foram convidados para
subir no palanque. Carvalho deverá ser o representante do Palácio do Planalto. A
pauta de reivindicações foi entregue em março após a 7ª Marcha a Brasília,
organizada pela Força Sindical, pela CUT (Central Única dos Trabalhadores),
pela CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), pela UGT (União
Geral dos Trabalhadores) e pela Nova Central. Carvalho aproveitou para
enaltecer o papel do governo na área do emprego. "O governo tem muita
consciência do que ele mudou, do que nós conseguimos, junto com os
trabalhadores, mudar nessa questão do emprego e da distribuição de renda. O
Brasil, frente a uma crise mundial, é um dos campeões do emprego." Ele
ressaltou que o governo "dialoga com os trabalhadores" e "atende
as reivindicações que são possíveis, naturalmente".
Fernanda
Calgaro.
Do UOL, em Brasília.
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