Ainda da base
aliada, Campos critica política de desoneração do governo Dilma.
Para o
pernambucano, medidas não garantem a manutenção dos empregos.
Ainda da base aliada do Planalto,
o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), criticou como vem fazendo nos
últimos meses de maneira severa a política
econômica do governo da presidente Dilma Rousseff. Em busca de apoio dos
sindicalistas para sua eventual candidatura à Presidência, o pernambucano
participou de evento realizado pela Força Sindical, em São Paulo, e questionou
a política de desonerações feitas pela presidente, como a da cesta básica e da folha de pagamento de
alguns setores. O tático não pode ser engolido
pelo estratégico. Isso não quer dizer que não se possa lançar mão de medidas de
desoneração pontuais. Mas é fundamental que haja rumo estratégico. O que
estamos fazendo para melhorar a produtividade na vida brasileira. Eduardo Campos
falou por cerca de meia hora para os sindicalistas e, apesar de não se colocar
oficialmente como candidato à sucessão de Dilma em 2014, foi tratado e se
portou como tal. O presidente da Força, deputado Paulinho (PDT-SP), por
exemplo, disse a todos que “vê com bons olhos” a candidatura do socialista. Acreditamos
na sua trajetória, na sua luta. A candidatura de Campos é uma boa oportunidade
que a esquerda tem de discutir. Antes havia quase uma unanimidade porque não
havia alternativa ao PT. Eduardo Campos abre essa alternativa. E eu sou um dos
que acho que tem que ter alternativa e vou defender isso. Eduardo Campos
afirmou ainda que a desoneração da folha não basta para manter empregos. Se a
economia não animar podemos correr o risco de afetar o mercado de trabalho no
Brasil. Para ele, o governo precisa dar garantias aos empresários para
estimular os investimentos do setor produtivo no País. Os investimentos do
mundo privado vão vir na hora em que passarmos confiança e o mercado entender
que as perspectivas dão segurança a um novo ciclo de investimento. Para
isso, é fundamental que regras sobre uma série de setores estratégicos sejam consolidadas.
Elas estão em suspenso, aguardando a votação de novo marcos. Os velhos já não
servem mais.
Fonte: R7.
Nenhum comentário:
Postar um comentário