segunda-feira, 30 de junho de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 'SEGUNDA-FEIRA' 30 DE JUNHO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

COGITAÇÃO E AÇÃO AO DEIXAR APÓS A COPA.

Nobres:
Nas oitavas de final iniciada ontem em que “nossa seleção” passou as quartas e finais graças ao milagre do “são” Julio Cesar, diretamente rezados diretamente pelos torcedores que acorreram  as dependências do estádio Mineirão e ainda mais o coro de milhões de espectadores de brasileiros em todo o país e o mundo. Dentro deste aspecto, talvez de forma antecipada, é cabível uma profunda reflexão sobre o país depois da Copa. O evento esportivo e a movimentação de turistas estão envolvendo de tal forma os brasileiros, que já se prevê uma espécie de síndrome de abstinência quando os jogos terminarem. Para que esse sentimento de tédio não resulte em manifestações de insatisfação, os governantes, as autoridades e as lideranças da sociedade já deveriam ir planejando uma agenda capaz de mostrar que o país tem capacidade de planejar e executar com um mínimo de eficiência também em outras áreas. Uma delas, obviamente, é saúde pública, a mais citada das reivindicações de rua intensificadas a partir de junho do ano passado. Independentemente dos posicionamentos individuais em relação à conveniência de sua realização, o fato concreto é que a Copa expôs tanto os aspectos vulneráveis quanto o potencial do país de pensar grande, de acordo com padrões internacionais. As exigências impostas para a realização do Mundial mostraram uma tendência do Brasil de deixar tudo para a última hora, por razões que vão desde falhas de planejamento até excesso de burocracia. Evidenciou também que, mesmo de forma peculiar e na maioria das vezes alcançados apenas em parte os objetivos propostos, o país se mostrou em condições de realizar um evento dessas dimensões. Em ambos os casos, os cidadãos tiveram papel decisivo. Se for capaz de atender a exigências de nível internacional para a Copa, o país precisa se comprometer agora em garantir serviços públicos com a mesma qualidade. Os brasileiros já arcam com uma carga de impostos equivalente o grupo das maiores potências globais. Têm todo o direito, portanto, de contar com serviços e infraestrutura à altura dos oferecidos por esses países, o que depende apenas de comprometimento e de definição de prioridades por parte do poder público. Da mesma forma, é preciso que o país, nas diferentes instâncias da federação, se empenhe em assegurar alternativas para aproveitar a infraestrutura e o legado pela Copa. Particularmente nas 12 cidades-sede, o principal desafio será definir que eventos poderão compensar a fase pós-Copa na cabeça e no bolso dos cidadãos, especialmente no interior cearense sentirão apenas a inflação que se desenha pela ganância do atravessador, (uma espécie de praga existente em todos os elementos corruptos na sociedade) outro, que vive permanentemente "sugando"  É uma questão natural e precisa realizar empenho neste sentido.

Antônio Scarcela Jorge.

DN. OPINIÃO DO LEITOR

 LEITORES & CARTAS

VOTO CONSCIENTE

As eleições de 2014 acontecerão sobre a influência de um Brasil que passou pela experiência da Copa do Mundo. Como a compra de votos e outras irregularidades são comuns em nossas eleições, vemos que um clima de jogo não combina com a responsabilidade de escolher o futuro da nação. Eleições também têm consequências e não é a irresponsabilidade de vender ilusões na Copa que nos iluminará diante de escolhas tão importantes. O Brasil não é só futebol e carnaval. Crianças, idosos e outros necessitam de voto consciente.

Paulo Roberto Girão Lessa
Fortaleza-CE.


OFICIALIZADO EM CONVENÇÃO O NOME DE CAMILO SANTANA PARA GOVERNADOR DO ESTADO

 CONVENÇÃO OFICIALIZA CAMILO SANTANA CANDIDATO AO GOVERNO

As vagas de senador e vice-governador na chapa majoritária apoiada por Cid só serão definidas hoje

A candidatura do petista Camilo Santana ao Governo do Estado foi oficializada na manhã de ontem durante convenção coletiva do PROS, PT e outros partidos aliados à coligação liderada pelo governador Cid Gomes. Apesar de o evento marcar, em tese, a definição dos nomes que disputarão as eleições deste ano, ainda seguem indefinidas as vagas na chapa majoritária de vice-governador e senador. O grupo só vai bater o martelo hoje.

Realizada em um ginásio no Centro de Fortaleza, a convenção reuniu milhares de militantes de dezenas de partidos que compõem a aliança da situação, além de prefeitos e lideranças do Interior. O evento estava marcado para iniciar às 9h, mas apenas depois das 10h30 o governador Cid Gomes chegou ao local acompanhado da comitiva formada pelo candidato Camilo Santana, prefeito Roberto Cláudio e deputados aliados.

O nome de Camilo Santana já havia sido cogitado anteriormente para a sucessão estadual, mas ele não integrava a lista dos favoritos para o cargo, na qual só constavam pessoas do PROS. Como a candidatura dele foi confirmada somente sábado à noite, os banners de divulgação da campanha foram produzidos na madrugada de domingo, ilustrando uma foto do petista ao lado de Lula, Dilma, Ciro, Cid e Roberto Cláudio.

Frustrada

O deputado federal José Guimarães teve grande destaque no evento de ontem. Na calçada do ginásio, era possível visualizar alguns banners dele ao lado da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, levando-se a supor que o material foi feito para uma campanha de senador, que acabou frustrada. Desde o ano passado, Guimarães tenta emplacar postulação ao Senado, mas seu nome enfrentou resistência dos partidos aliados. O deputado retirou, no último sábado, a candidatura de senador e indicou Camilo ao Governo para unificar a aliança.

Mesmo com um tom de unidade durante a convenção, ainda restaram arestas que não foram digeridas completamente por alguns líderes partidários. O encontro conseguiu reunir petistas que se posicionavam contra a aliança com o Governo Estadual, como os vereadores Guilherme Sampaio, Deodato Ramalho e Acrísio Sena, mas deixou de fora os militantes da corrente da ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins.

Ausência

No palco do ginásio, dos cinco pré-candidatos do PROS, só não estava presente a ex-secretária da Educação Izolda Cela. O vice- governador Domingos Filho, que poderá ganhar uma cadeira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM); o deputado Mauro Filho, que foi indicado para o Senado, e o ex-ministro dos Portos Leônidas Cristino, que vai se candidatar a deputado federal, mantiveram-se no palco ao lado de Cid e Camilo durante toda a solenidade.

A ausência do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Albuquerque, foi sentida na maior parte do evento. O parlamentar, que era um dos mais cotados para postular o Governo e tem relação estreita com o governador, ficou pouco tempo no palanque e não se posicionou, em nenhum momento, ao lado do candidato Camilo Santana. Algumas pessoas nem chegaram a ver se Zezinho Albuquerque teria ido mesmo à convenção, mas Ciro Gomes confirmou a presença do aliado. Ao presidente da Assembleia foi oferecida a vaga de vice-governador na chapa.

Reeleição

Dezenas de lideranças políticas apertaram-se no palco para apoiar a candidatura de Camilo Santana, entre eles o senador Inácio Arruda (PCdoB), que ainda fala na possibilidade de ser candidato à reeleição representando a coligação ligada ao Governo. Ao cumprimentar Cid Gomes, o senador ouviu do governador, numa resposta rápida, que só hoje eles se reuniriam.

Após o evento, o secretário estadual da Saúde, Ciro Gomes, confirmou que a vaga do Senado será indicada pelo PROS, embora "não necessariamente um militante do PROS". Antes, seria o PT quem definiria o nome, mas com a candidatura do petista Camilo Santana ao Governo, essa prerrogativa ficou com o partido do governador.

Ainda de acordo com Ciro Gomes, o candidato que disputará o Senado pela chapa majoritária deveria ser um dos pré-candidatos do PROS, que abriram mão da candidatura para apoiar Camilo Santana. "(Um desses nomes) Poderá e deveria ser, na minha opinião, o senador", opina o ex-ministro. Sobre a possibilidade de ser Mauro Filho essa possibilidade, Ciro Gomes responde: "É um extraordinário nome, por exemplo".

Alguns candidatos a deputado estadual e federal aproveitaram o momento da convenção para empunhar bandeiras divulgando suas candidaturas e panfletar materiais de campanha. Antes da comitiva do governador Cid Gomes chegar ao encontro, um grupo de tambores recepcionava os militantes. Na parte de fora do evento, parte da rua ficou fechada para abrigar barracas com venda de bebidas e comidas. O PT montou, ao lado do ginásio, um stand para concentrar os filiados.

Aliados intensificam críticas à oposição

Antes de discursar na convenção que uniu PROS, PT e outros partidos aliados, Cid Gomes pediu licença à plateia para sentar-se no palco a fim de evitar qualquer mal-estar, justificando não querer "passar vexame" como na convenção do PDT, no dia 22 de junho, quando saiu do evento desmaiado, após queda de pressão arterial. Quem inaugurou os discursos foi o secretário da Saúde, Ciro Gomes, seguido pelo deputado José Guimarães (PT).

Comparando o cenário político com a tensão do último jogo do Brasil contra o Chile, na Copa do Mundo, Cid disse que "não gosta de falar mal dos adversários", mas acabou fazendo críticas à chapa da oposição do senador Eunício Oliveira. "Vai ser um jogo nervoso, em que os adversários não jogam na bola, eles jogam na canela, jogam da cintura para baixo", alfinetou.

O governador agradeceu nominalmente a todos os pré-candidatos do PROS pelo serviço prestado ao Governo. Em seguida, fez referência a todos os partidos que integram a coligação de aliados, enfatizando o nome do deputado Ronaldo Martins, do PRB, que quase se coligou com o PMDB de Eunício Oliveira e mantinha discurso crítico à gestão estadual até o início de junho.

Durante sua fala, Cid Gomes recorreu mais de uma vez aos nomes de Lula e Dilma como apoiadores da campanha de Camilo Santana. Ele também repetiu uma estratégia da campanha nacional do PT ao tentar atribuir um "discurso do ódio" à chapa da oposição. "Essa campanha vai ser dura e movimentada pelo lado de lá, pela semente do ódio. É esse fator que une cabra, jumento e ovelha do lado de lá".

Bordão

Cid usou o bordão "olho no olho" para frisar a confiança no candidato Camilo Santana. Essa expressão foi largamente utilizada na campanha do pré-candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza em 2012, Elmano de Freitas, quando o governador apoiava Roberto Cláudio na disputa. "Eu tenho a capacidade de olhar e dizer se a pessoa é do bem. Olho no olho do Camilo. Eles (incluindo a família do petista) são gente do bem e são simples", ressaltou.

O candidato Camilo Santana também homenageou os "companheiros do PROS" que eram cotados para concorrer ao Governo e o deputado José Guimarães, que retirou a candidatura ao Senado em prol do nome de Camilo na disputa ao Executivo. O pleiteante ao Governo estava acompanhado da esposa e dos dois filhos. "Tem muita fofoca por aí, mas esse é o palanque do Lula, da Dilma, do Ciro, do Cid e do Roberto Cláudio", encerrou.

O ex-ministro Ciro Gomes, o primeiro a falar na convenção, adotou um discurso breve e evitou ataques mais diretos à oposição. "Queremos corrigir erros, aumentar acertos e ampliar vitórias. A luta não será fácil", ressaltou. "Esse projeto é carregado por um conjunto de valores. No poder cearense, nem se rouba nem se deixa roubar", destacou.

O deputado José Guimarães sucedeu Ciro no discurso e apontou que a escolha pelo nome de Camilo foi um arranjo entre o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a presidente Dilma Rousseff e o governador Cid Gomes. "Vamos ganhar essa eleição que vai ser disputada voto a voto", declarou.

O prefeito Roberto Cláudio ensaiou um discurso mais incisivo contra a chapa opositora liderada pelo PMDB. "Não vamos aceitar o atalho do patrimonialismo, do conservadorismo. O Camilo está deixando a turma de lá sem dormir", disparou.

O senador Inácio Arruda permaneceu no palco durante todo o evento, embora não tenha se pronunciado. Após a solenidade, ele confirmou que só se reúne hoje com o governador Cid Gomes para saber que espaço caberá ao PCdoB na aliança. "Estamos tentando uma vaga no Senado(...). O problema do vice, do Senado, vamos discutindo, tem até amanhã para tratar e resolver o problema", declarou.

Unificação

Também circulavam no evento lideranças contra a aliança do PT com o Governo Estadual, mas que defendiam candidatura própria ao Executivo. O vereador Acrísio Sena alega que a postulação de Camilo vai contribuir para a unificação do partido no Estado. "Acabou com a história de dois palanques da Dilma no Ceará, nos foi feita uma proposta irrecusável", argumenta.

O vereador Guilherme Sampaio, que subiu no palanque de Camilo, disse que a indicação foi uma surpresa positiva. "Embora tenhamos críticas à aliança, nos permite ajudar a tensionar um governo para que tenha as características do PT", justifica.

Já o vereador Deodato Ramalho pondera que o diretório estadual já havia deliberado que, em caso de mudança no cenário eleitoral, a prerrogativa de votar a candidatura seria da executiva estadual, o que foi feito, segundo o vereador. "Deu a ideia de que foi feito de baixo para cima", respondeu Deodato em tom otimista em relação à candidatura.

ANÁLISE

Perplexidade, insatisfação e até revolta

No meio político, a indicação do nome de Camilo Santana para disputar a chefia do Executivo estadual, a tomar pelas manifestações de alguns dos presentes na convenção que a oficializou, desagradou mais que agradou. Domingos Filho, o vice-governador, o deputado Mauro Filho e o presidente da Assembleia, deputado Zezinho Albuquerque, apesar dos discursos aceitando terem sido preteridos por um político de outro partido, não estão nada resignados.

O fato de as vagas de vice-governador, oferecida a Zezinho Albuquerque, e de senador, a Mauro Filho, na chapa de Camilo não terem sido preenchidas no evento de ontem, confirmam o desgosto. Quanto a Domingos Filho, com certeza, não era emprego vitalício que ele estava procurando, pois uma vaga no Tribunal de Contas a ele já havia sido oferecida para renunciar o lugar de vice-governador, no início de abril, quando Cid cogitava deixar o Governo, para tornar elegível o irmão Ciro Gomes.

Deputados e outras lideranças do PROS, e de partidos aliados, exceção dos petistas ligados ao Governo, demonstravam perplexidade, insatisfação e até revolta com a indicação de Camilo. Eram insistentes as indagações, na manhã de ontem, do tipo: "em que Camilo é melhor que os nomes do PROS" referindo-se a Domingos, Mauro e Zezinho, três dos nomes que mais trabalharam para disputar a sucessão de Cid. Na resposta à própria pergunta alguns diziam ter o governador cedido à imposição do PT, depois de o deputado José Guimarães ter sido preterido para ser candidato ao Senado.

A grande maioria dos aliados de Cid é contra o PT. A convivência que têm, no Ceará, desde 2006, é apenas tolerável, daí a insatisfação por admitirem a possibilidade de o Estado vir a ser governado por um petista. Alguns dizem até já ter expressado sua posição, via mensagens eletrônicas, a Cid e Ciro Gomes, a partir de sábado, quando ficou acertado ser Camilo o candidato a ser apoiado pela coligação liderada pelo governador.

Os revoltosos, defensores das postulações dos filiados ao PROS, expressavam solidariedade aos defenestrados, após terem sido estimulados a desenvolverem o trabalho de conquistas de apoios para se fortalecerem como candidato, individualmente, dentro do partido. Para aqueles (revoltosos), Cid deveria ter evitado esse constrangimento a seus mais ilustres correligionários, a partir do presidente da Assembleia, do vice-governador, e do ex-secretário da Fazenda dos últimos anos.

Ganho

Aproveitando o momento, o senador Eunício Oliveira, antes da sua convenção, também ontem, falou muito ao telefone com vários governistas. Ainda não é possível avaliar o quanto ele poderá ter de ganho com essa nova realidade da política cearense. Mas, há convicção, da parte de seus apoiadores, ter sido a sua candidatura beneficiada com a adesão do DEM, PPS e possivelmente do Solidariedade (SD), partidos, cujas direções nacionais, têm resoluções impedindo alianças com candidatos do PT. Todos eles estavam relacionados na coligação com o PROS.

Os próximos dias, como as últimas 48 horas, também deverão ser de intensa negociação. Do lado do Governo para apagar a poeira deixada com a decisão do governador, para alguns, já amadurecida por Cid há um certo tempo. Da outra parte, com a oposição, liderada por Eunício, fazendo gestões para colher frutos e ampliar seus apoios, sobretudo no Interior cearense.

A primeira dificuldade para o governador Cid, que começou a tentar superar, ontem, será preencher a chapa majoritária, após a reação de dois dos seus principais amigos e correligionários de longas datas, Zezinho Albuquerque e Mauro Filho.

Edison Silva
Editor de Política. DN.


EUNÍCIO FORMALIZA CANDIDATURA



 CANDIDATO A GOVERNADOR
EUNÍCIO OLIVEIRA TEM O SEU NOME HOMOLOGADO

A convenção do PMDB reuniu as principais lideranças do partido e mais as dos aliados PSDB e PR cearenses

O senador Eunício Oliveira (PMDB), candidato ao Governo do Estado, foi duro em suas palavras, ontem, durante a convenção que homologou o seu nome como o postulante ao cargo. Fazendo ataques a atual gestão, o parlamentar apontou falhas no atual Governo e disse que as áreas de Segurança e Saúde públicas darão o tom da disputa eleitoral no Ceará.

Declaradamente insatisfeito com as últimas movimentações em busca de apoios por parte da aliança governista, o candidato do PMDB, ao lado de Tasso Jereissati (PSDB) e outras lideranças tucanas, disse que a coligação de Cid tentou isolá-lo para ganhar a eleição. Ele ressaltou ainda que algumas lideranças queriam intrigá-lo com a presidente Dilma Rousseff, mas ressaltou que vai votar na petista.

Ele iniciou seu pronunciamento agradecendo aos partidos aliados, assim como os presentes que foram participar do evento. O senador afirmou que o Ceará quer diálogo com seus governantes, o que não estaria acontecendo no Governo atual. "As pessoas não querem saber de má educação, de xingamentos", disse, ao lado do candidato a vice-governador, Roberto Pessoa.

"O povo não aguenta mais. Quem não viu o passado, não vê o presente, e muito menos o futuro. Eu durmo e acordo todo dia com a preocupação de não decepcionar os eleitores cearenses. Ele destacou algumas leis de sua autoria, e prometeu dialogar e trabalhar para o povo. Segundo o candidato, a Saúde "está muito ruim", com o Ceará na penúltima posição no Nordeste, sendo melhor apenas do que a Paraíba.

Desperdício

Na Segurança Pública, ele citou que foram investidos milhões, mas ainda assim, a criminalidade aumentou em 184%. "No passado, sequer estávamos entre as cidades mais violentas, e hoje temos vergonha de saber que Fortaleza é a sétima mais violenta", atacou. Ele citou a política de segurança implantada em Pernambuco pelo ex-governador e atual candidato à Presidência, Eduardo Campos, que com menos investimento, conseguiu reduzir em 26% a violência no Estado vizinho.

Nem os avanços na Educação Eunício creditou ao Governo Cid Gomes, pois, conforme disse, a melhoria na qualidade da área se deu no ensino fundamental, que é gerido pelas prefeituras, e não pelo Governo do Estado. O Acquário Ceará foi outro ponto tratado por ele como de desperdício de dinheiro público. De acordo com o peemedebista, será investido mais de R$ 1 bilhão no equipamento para "alimentar a vaidade daqueles que não têm compromisso com o povo".

Ele disse, porém, que o que tiver bom irá preservar, mas irá mudar aquilo que necessitar de alteração. "Vamos reviver momentos alegres, momentos felizes", disse. Em entrevista coletiva, o candidato deixou claro que o palanque de sua candidatura será aberto para todos os partidos, uma vez que, segundo ele, a legislação garante isso. Eunício Oliveira chegou a dizer que vai votar na presidente Dilma Rousseff, destacando que há quem queira intrigá-lo com a chefe do Poder Executivo Federal.

O peemedebista confessou ainda que não houve diálogo sobre os problemas do Ceará, entre Cid Gomes e o PMDB, durante o segundo Governo cidista. "Nós não discutimos o Ceará. No primeiro Governo houve diálogo, mas no segundo isso desapareceu. Nós somos o maior partido do Brasil, e eles tentaram nos esmagar e nos isolar", disse.

Eunício ainda destacou que muitas das obras empreendidas no Ceará ao longo dos anos só forma possíveis graças ao seu empenho junto ao Senado Federal, como a Transposição do Rio São Francisco, Transnordestina, reforma e construção de estradas e outros. "Pegue o histórico para você ver o que eu fiz pela história desse Estado no Senado e na Câmara", apontou.

Adesões

O presidente interino do PMDB, Gaudêncio Lucena, disse que até o fim do prazo para as convenções outras legendas poderão se aliar à chapa encabeçada pelo PMDB, visto que ficaram insatisfeitas com a indicação, de última hora, do nome de Camilo Santana (PT) para o Governo do Estado na coligação adversária. Vice-prefeito de Fortaleza, Lucena disse que permanecerá em seu cargo, mas ressaltou que caso continue havendo "conchavo" com o adversário terá que se retirar.

"Só posso sair em caso de morte ou renúncia. Renunciar eu não quero e morrer não pretendo", disse o peemedebista que não poupou críticas a Ciro Gomes. "Ele é uma figurinha que quer entrar no álbum e ainda não colou. Nos últimos anos ele tem se limitado a grosserias e arrogâncias e tem que cuidar da Saúde ao invés de fazer politicagem", enfatizou.

Fonte: DN.


TUCANO FOI ALVO DAS ATENÇÕES



TASSO JEREISSATI COMANDOU A COMITIVA DO PSDB E DEM

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB), cotado para a senatoria na chapa encabeçada pelo PMDB, chegou à convenção no Ginásio Aécio de Borba, ao lado de Eunício Oliveira que dirigia o próprio carro. Peça fundamental na construção da aliança de, pelo menos dez partidos, o tucano foi a personalidade mais ovacionada depois do peemedebista, candidato ao Governo.
No mesmo veículo dirigido por Eunício estavam sentados no banco de trás, o presidente estadual do PSDB, Luiz Pontes, o candidato a vice-governador, Roberto Pessoa e o empresário Chiquinho Feitosa (DEM), cotado para ser o primeiro suplente de Tasso. Jereissati não chegou a confirmar sua candidatura ao Senado, mas o vice-presidente do PSDB, o deputado federal Raimundo Gomes de Matos, confirmou que ele deverá ser, sim, o indicado para a senatoria.

O ex-senador Tasso Jereissati disse que está na aliança para dar apoio a Eunício Oliveira e ressaltou que não quer cargo ou favorecimento, que vai entrar na coligação sem pedir ou indicar secretarias. Ele ressaltou que vai fazer questão de mudar para que o Ceará seja um modelo e não esteja nas mãos "daqueles que se acham donos do poder. Não vamos aceitar isso, todos têm que estar incluído", destacou.

Tasso afirmou que as grandes obras nada dizem ao povo se não tiverem a participação deles, e lembrou quando foi governador do Estado e empreendeu campanha para diminuição da mortalidade infantil no Estado. "Eu pensava que já estava parado, mas vou estar nessa luta junto com vocês", finalizou o ex-gestor, enquanto era ovacionado pelo público presente.

Aliados

Muitos correligionários do Interior, prefeitos, vereadores e deputados estiveram presentes ao encontro. No entanto, dos dez partidos que, segundo a assessoria de imprensa de Eunício confirmaram presença na coligação, poucos representantes foram vistos no palanque do senador peemedebista.

Segundo informou a comunicação, além de PMDB, estão inclusos na coligação PSDB, DEM, PR, PRP, PSC, PPS, PTN e PSDC. Os presidentes de PPS, PSDC, DEM e PSC não foram vistos no encontro que homologou a candidatura de Eunício Oliveira. Correligionários do PSB estiveram presentes ao evento e informaram que, pelo menos na proporcional, o partido deve se coligar com o PMDB. O presidente da sigla pessebista também não compareceu à convenção.

Ainda nos discursos, todos lembravam o trabalho empreendido por Tasso Jereissati no comando do Ceará. O candidato a vice na chapa, Roberto Pessoa, disse que estava emocionado com a presença do ex-governador, "o maior da política e democrata do Ceará". Eunício Oliveira, também durante seu pronunciamento, destacou a vida pública de Tasso e disse que o tucano vai representar o povo cearense contra o que ele chamou de "poderosos de plantão".

No evento, que lotou o Ginásio Aécio de Borba, era possível perceber a pouca quantidade de bandeiras dos partidos aliados, refletindo que o fechamento dos apoios foi feito em cima da hora, não dando tempo para confecção de material de divulgação da campanha peemedebista.

Fonte: Web.


ELEIÇÕES 2014 - 'ALIANÇAS NOS ESTADOS'

 ALIANÇAS ESTADUAIS
PARTIDOS LANÇAM CHAPAS NEUTRAS CONTRA CONFLITOS

Buscando pressionar ou garantir palanques para aliados nacionais, candidaturas de última hora tomam forma

Brasília Para apaziguar conflitos e garantir palanques para seus presidenciáveis, diferentes partidos decidiram lançar candidaturas de última hora nas eleições estaduais.

Em alguns casos, os "candidatos-tampão" surgem para estancar conflitos entre legendas aliadas no Estado, mas adversárias no plano nacional. Em outros, viram última moeda de negociação nos arranjos locais.

Há casos assim em Estados com Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Goiás. De acordo com a legislação eleitoral, as alianças devem ser formalizadas até hoje. O caso mais recente ocorreu na noite de quinta-feira (26) em Minas. O PSB lançou o ex-deputado Tarcísio Delgado como candidato ao governo do Estado, medida que abriu um palanque à dupla Eduardo Campos e Marina Silva no segundo maior colégio eleitoral do país. Uma ala do partido defendia uma aliança com o PSDB local já no primeiro turno das eleições.

No Rio, por exemplo, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou uma candidatura avulsa ao Senado Federal para abrir um palanque extra para a presidente Dilma.

Na última semana, os dois principais adversários da candidata petista ganharam espaço em chapas encabeçadas por partidos governistas.

O PMDB atraiu o PSDB, de Aécio Neves, e o PT se uniu ao PSB, de Eduardo Campos. "Mesmo sabendo que é uma candidatura difícil, vou para essa tarefa, porque me preocupa muito que não tenha um senador para fazer o palanque da Dilma", afirma. No Espírito Santo, o PT decidiu no domingo passado lançar um deputado estadual como pré-candidato a governador.

A iniciativa visa à formação de uma chapa para que o ex-prefeito de Vitória João Coser (PT) dispute o Senado e dê palanque para Dilma, duas condições que o PMDB, com quem os petistas negociaram, não aceitou.

Em Mato Grosso do Sul, PT e PSDB locais flertaram por meses com uma aliança que enfrentava a oposição das direções nacionais das siglas.

O deputado federal tucano Reinaldo Azambuja, que pretendia concorrer ao Senado em uma chapa encabeçada pelo PT, anunciou no mês passado que disputará o governo.

"A aliança não se sustentaria pelas diferenças que nos separam em nível nacional, e ter um palanque próprio fortalece o Aécio", diz o deputado.

Em Goiás, partidos da base lançaram um novo nome, do PR, como vice do governador Marconi Perillo (PSDB), que tentará reeleição no Estado.

O movimento é uma tentativa de pressionar o PP, que tem o atual vice-governador, a participar de um "chapão" com partidos como PR e PTB nas eleições proporcionais.

Esse clima de "bacanal eleitoral" - definição dada pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB)- tem recebido críticas generalizadas, mas é legal e está garantido pela Constituição. E já foi autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições presidenciais realizadas em 2010.

Fonte: Folhapress.


domingo, 29 de junho de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 'DOMINGO' 29 DE JUNHO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

O MOMENTO DO POVO BRASILEIRO.


Nobres
O tempo brasileiro se insta o acordar das multidões num protesto de inconformidade diante da insustentável condição do trabalhador despido das mais elementares condições de vida de quem trabalha e produz, ganhou força, consistência e substância de uma autêntica cruzada de redenção nacional. Esse profundo clamor dos excluídos se alastrou e dominou literalmente a política que nos governa. É a mais eloquente expressão do alto nível de insatisfação, da dramática condição de vida em que se encontra o povo trabalhador, que produz a riqueza para a sociedade e é esmagado pelo peso de uma carga tributária sobre um miserável salário. O que se tornou especial é que o movimento não é deflagrado por partido político nem facções ideológicas na busca do poder, tampouco por motivações religiosas, fez despertar do político tido como “maquiavélico” padronizado pela ânsia de enganar a sociedade, se sentir subestimado e que branda ser a mobilização ‘desprovida de seus atos diabólicos, serem desorganizados e sem direção. Na realidade o movimento tem como combustível solar a indiferença e a ausência do Poder Público para a dura e dramática realidade do trabalhador, do pobre que consegue viver e trabalhar com o miserável salário-mínimo, determinado e imposto pelo governo. Esse movimento que se desencadeou em nível nacional por força de seus “flancos naturais”, está cada vez mais, acordando e mobilizando todos os segmentos da sociedade no sentido de provar que as atuais estruturas políticas, jurídicas e econômicas estão desatualizadas e fossilizadas. A democracia verdadeira é o regime de participação, de solidariedade social. Esse é o paradigma para o qual precisamos a gente empenhar com todos os recursos disponíveis para alcançá-lo. O movimento se colonizou em todo o território nacional, exceção dos nossos pequenos municípios que arrota a regressão por força de seus prefeitos quanto mais “jactar-se” o erário, compartilhado por forças de atendimento, até de outras esferas constituídas do Estado estabelecendo correntes do corporativismo e que esmagam a sociedade infeliz dessas comunidades.  Retomando a temática do comentário em analise dos acontecimentos, a atual democracia terá que ser repensada. Continua a maioria dos políticos parlamentares que estão lá pela força do voto, que continue como o pensamento voltado para permanecer no poder, onde a sociedade agora mais consciente e participativa, também eliminará da vida pública esses facínoras que hoje ocupam espaço no cenário político nacional. O Brasil não tolera o artificialismo, a falta de ética e a corrupção até agora encastelada por figurões conhecidos da sociedade, padronizada pelo segmento político onde todas as esferas do poder se faz “incômodo” representar a nação.

Antônio Scarcela Jorge.

ARTIGO DO PROFESSOR ANTONIO ROBERTO

 "PRÁ QUI É QUI EU TENHO RABO?"
 
                             
Certa vez perguntaram para o Dr. Osvaldo Martins: O que o senhor acha do Partido do Movimento Democrático Brasileiro? O PMDB? Ora, o PMDB no momento é o partido do “rabo bicó”, mas um dia ele irá para o poder e vai “tirar o atraso”. Prognosticou o sábio Doutor. Naquela época do bipartidarismo só existiam PMDB e PDS (Partido Democrático Social), que de democrático e social, nada tinha. Logicamente que o individuo não entendeu a resposta. Para entendê-la precisamos conhecer uma velha história de um rato.

Inexperiente um rato mexeu com uma ratoeira. Escapou com a vida, mas teve seu rabo decepado na violência da armadilha. Ficou conhecido na linguagem nordestina e em especial novarussense como um “rato bicó”.

Inescrupuloso e ladrão como todo bom rato, sempre saía com os colegas para suas traquinices. Uma noite procuravam ratonear, mas sem êxito. Mexeram daqui, mexeram dali e nada encontraram. De repente: Eureca! Exclamou um deles. Achei um litro de “manteiga da terra” que o dono esqueceu-se de tampar. OOBBAAA! Foi uma exclamação geral. Como comer a manteiga perguntou um deles, se virarmos o litro ele quebra e o dono acorda. Ora, respondeu outro, “prá qui é qui eu tenho rabo?”. Ato contínuo meteu um palmo e meio de cauda pelo gargalo e “chulepo”. Deu aquela gostosa lambida no mesmo, sendo imitado por todos. Todos?

Todos não, vamos lembrar o nosso herói sem o seu prolongamento vertebral. Deixa-me dar uma lambida, por favor, deixa dar uma lambidinha pedia o já faminto roedor. Qual o que, nem ligavam para os seus rogos. Lá pras tantas ele falou: Ah, é assim? Pois tá! Começou então a derrubar outros objetos e gritava: Chega! Chega, tão comendo a sua manteiga... A sabedoria do Dr. Osvaldo fez com ele previsse o futuro.

Pois é, naquele tempo o PMDB estava fora do poder. Hoje não, há muitos anos está dando as cartas, não é mais “bicó”. Existem ratazanas as centenas. Ou milhares? A rataria rouba para sobreviver, precisam comer. Mas estes que aí estão, já eram corruptos, mas, como o rato, não tinham rabo, hoje roubam por roubar. Junto com seus comparsas criaram rabo. Não são mais bicós.

*Autor do Artigo, Antonio Roberto Mendes Martins. – Mestre em Física - Professor Universitário – UFC – residente em Nova-Russas-CE.