Governo federal discute possibilidade de novo
imposta para financiar saúde.
Ele defendeu a redução da máquina pública para
aumentar arrecadação.
O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do
PSDB, afirmou neste sábado (29) que o partido não irá apoiar nenhuma proposta
de aumento de impostos no país. Aécio criticou a possibilidade de o governo
federal criar um novo tributo para financiar a saúde, nos moldes da antiga
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Nos últimos dias, o governo federal passou a discutir
com aliados a possibilidade de apresentar ao Congresso Nacional uma proposta
para voltar a tributar as transações bancárias. Criada em 1997 pelo governo
Fernando Henrique Cardoso, a antiga CPMF acabou extinta pelo Legislativo em
2007, já no segundo mandato de Lula à frente do Palácio do Planalto.
"A posição do PSDB é a mesma que mantemos da
campanha eleitoral até aqui. Somos contra o aumento de impostos. O ajuste
rudimentar que esse governo vem propor se sustenta em dois pilares: o primeiro
deles é a supressão de direitos e o segundo, o aumento da carga
tributária", disse Aécio durante a cerimônia de
filiação do governador de Mato Grosso, Pedro Taques, ao PSDB.
"O governo deveria estar sustentado em dois
outros pilares: a redução de despesas, requalificação do estado e a retomada do
crescimento, pois é aí que se arrecadará mais. E o governo me parece não ter
condições de fazer nem uma coisa e nem outra, nem diminuir suas despesas
tampouco fazer a retomada do crescimento. Nós do PSDB não apoiaremos nenhuma
proposta que puna ainda mais os já tão punidos cidadãos e contribuintes
brasileiros", concluiu o senador tucano.
Além da impopularidade da criação de um novo tributo,
a fragilidade da base aliada do governo Dilma Rousseff deve dificultar a
tramitação da proposta, se, de fato, for enviada ao Congresso Nacional.
Nesta quinta (27), os presidentes da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticaram uma possível
alta de impostos. Opositor do Planalto, Cunha afirmou que a recriação da CPMF
não é uma "solução". Já Renan, que nas últimas semanas vem ensaiando
uma reaproximação com o governo, ressaltou que, na opinião dele, o país não
deve elevar a carga tributária em momento de crise econômica.
Também este sábado, durante um seminário em São
Bernardo do Campo (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o
retorno da CPMF.
"Não sei se é verdade que Chioro defendeu a
CPMF. Mas a verdade é que ela não deveria ter sido retirada. Mas você deveria
reivindicar para os governadores e prefeitos, porque eles precisam de dinheiro
para a saúde", disse o ex-presidente.
Fonte: Agência O Globo.EM TEMPO:
O GOVERNO DESISTIU DA CPMF NUMA DEMONSTRAÇÃO ELOQUENTE DE QUE NÃO HÁ PROJETOS EFETIVOS !
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