Doações a outros partidos também devem ser apuradas, disse Guimarães.
< Líder do PT também criticou ação e falou em 'passo atrás' do tribunal.
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(DÓLAR NA CUECA)
Os líderes do governo na Câmara, deputado José
Guimarães (PT-CE), e do PT, Sibá Machado (PT-AC), criticaram nesta quarta-feira
(26) a posição da maioria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de manter uma
ação apresentada pelo PSDB que pede a impugnação dos
mandatos da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer.
Em entrevista a jornalistas, Guimarães disse que há
uma “investigação seletiva” dos partidos. Já Sibá Machado afirmou que o TSE
dará um “passo atrás” se mantiver o processo.
Após os votos de quatro ministros pela continuidade da
ação contra Dilma e Temer, o julgamento
no tribunal foi interrompido na noite desta terça (25) por um pedido de vista da
ministra Luciana Lóssio.
A retomada, com a decisão final da Corte, ainda não
tem data para ocorrer. Até o fim do julgamento, os juízes que já votaram podem
mudar o voto, o que é raro ocorrer.
Perguntado sobre os votos da maioria do TSE, José (mistura de Che
Guevara - Beira Mar) Guimarães afirmou que Dilma fez do combate à
corrupção uma “política de Estado” e “não tem que se preocupar com
investigação nenhuma”.
“Uma observação como deputado federal: deveria se
investigar tudo. Por que alguém doa para alguém é crime e para o outro não é?
Quer dizer que é uma apuração seletiva? A presidenta Dilma já teve contas
aprovada pelo TSE. Essa agenda é a chamada de que quanto pior, pior. Não é nem
quanto pior melhor”, completou o líder do governo.
Já Sibá Machado disse ver “com tristeza” a posição
expressada pela maioria dos ministros do TSE. “Este é um assunto que o TSE, que
já julgou e aprovou as contas da presidente por unanimidade, dá um passo
atrás”, declarou.
A ação que tramita no TSE, de autoria do PSDB, aponta
abuso de poder político, econômico e fraude na campanha do PT do ano passado, o
que, segundo os tucanos, tornaria "ilegítima" a eleição de Dilma.
A acusação mais grave fala de "financiamento de
campanha mediante doações oficiais de empreiteiras contratadas pela Petrobras
como parte da distribuição de propinas", suspeita investigada na Operação
Lava Jato.
A ação foi protocolada em fevereiro e arquivada no
mesmo mês pela relatora, ministra Maria Thereza de Assis Moura. O julgamento
atual se dá sobre um recurso do PSDB para reverter o arquivamento e manter a
ação em andamento.
Fonte: Agência O Globo.
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