COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.A ESSÊNCIA DA CULTURA CORRUPTA.
Nobres:
Não deixa de ser burlesco que o recorde contraproducente
de popularidade da presidente Dilma ocorra no momento em que seu governo,
finalmente, cumpre a penitência de tentar consertar uma década de farra com
dinheiro público. Mesmo assim, continua atribuindo a oposição a culpa em que o
seu desconcertante governo, tenta enganar a população, com frases sem efeito
nenhum, e um dos fatores estima a legitimidade das eleições, fato que chama a atenção
e conseqüentemente veio despertar um novo questionamento, em que ela insiste notabilizar
categoricamente. Dilma purga porque através de outros articulares, veio adotar
a austeridade tardia, na verdade, um corte de gastos na marra, no desespero de
não deixar o país derrapar para o acostamento da economia mundial. Tivessem o
governo (desde o Brasil Colônia, ressalve-se) adotado a cultura da austeridade,
que pressupõe planejamento e uso criterioso de cada centavo, e o Brasil seria outra,
muito mais justa, assentada naquilo que faz diferença de verdade, como educação
de qualidade. Mas não: falar em austeridade segue vetado na política
brasileira. Nenhum governante se imagina eleito se pronunciar a palavra
maldita, muito menos se prometer que, uma vez no cargo, adotará medidas para
restringir despesas àquilo que realmente importa ao contribuinte. As votações em Brasília são um exemplo da sanha gastadora. Como reflexo de suas
bases, deputados e senadores orgulham-se em defender toda sorte de aumento nas
despesas públicas, mesmo que seja para dar mais reajuste aos servidores que já
ganham mais. Parece natural, mas não é. Aqui no Brasil, grassa a noção de que
governo tem bolsos infinitos. “O governo, na verdade, é um ente fictício”. Governos
são apenas intermediários que deveriam devolver os impostos em serviços e obras
úteis para a sociedade. No Brasil, porém, os poderes praticamente se restringem
a alimentar crescentemente suas próprias estruturas, onde o mérito maior são
ações direcionais para se empenhar na corrupção.
Antônio
Scarcela Jorge.
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