quinta-feira, 13 de agosto de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

A ESSÊNCIA DA CULTURA CORRUPTA.

Nobres:
Não deixa de ser burlesco que o recorde contraproducente de popularidade da presidente Dilma ocorra no momento em que seu governo, finalmente, cumpre a penitência de tentar consertar uma década de farra com dinheiro público. Mesmo assim, continua atribuindo a oposição a culpa em que o seu desconcertante governo, tenta enganar a população, com frases sem efeito nenhum, e um dos fatores estima a legitimidade das eleições, fato que chama a atenção e conseqüentemente veio despertar um novo questionamento, em que ela insiste notabilizar categoricamente. Dilma purga porque através de outros articulares, veio adotar a austeridade tardia, na verdade, um corte de gastos na marra, no desespero de não deixar o país derrapar para o acostamento da economia mundial. Tivessem o governo (desde o Brasil Colônia, ressalve-se) adotado a cultura da austeridade, que pressupõe planejamento e uso criterioso de cada centavo, e o Brasil seria outra, muito mais justa, assentada naquilo que faz diferença de verdade, como educação de qualidade. Mas não: falar em austeridade segue vetado na política brasileira. Nenhum governante se imagina eleito se pronunciar a palavra maldita, muito menos se prometer que, uma vez no cargo, adotará medidas para restringir despesas àquilo que realmente importa ao contribuinte. As votações em Brasília são um exemplo da sanha gastadora. Como reflexo de suas bases, deputados e senadores orgulham-se em defender toda sorte de aumento nas despesas públicas, mesmo que seja para dar mais reajuste aos servidores que já ganham mais. Parece natural, mas não é. Aqui no Brasil, grassa a noção de que governo tem bolsos infinitos. “O governo, na verdade, é um ente fictício”. Governos são apenas intermediários que deveriam devolver os impostos em serviços e obras úteis para a sociedade. No Brasil, porém, os poderes praticamente se restringem a alimentar crescentemente suas próprias estruturas, onde o mérito maior são ações direcionais para se empenhar na corrupção.
Antônio Scarcela Jorge.

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