COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.CONSCIÊNCIA DE CIDADANIA.
Nobres:
Por volta de uma semana os adeptos do lulismo, em
apoio à presidente Dilma Rousseff promoveram aliados aos partidos governistas e
movimentos sociais em 25 Estados e no Distrito Federal, comprovam que segmentos racionais da população brasileira alcançou um bom estágio de maturidade democrática. Tanto
naquele domingo, quando milhares de pessoas protestaram contra o governo,
quanto o de quinta-feira passada, não se registraram incidentes e episódios de
violência. Todos puderam se manifestar livremente, sem constrangimento e em
absoluta segurança. O confronto evidente entre as duas manifestações ficou
restrito ao campo das posições políticas e das idéias, repetindo o que já havia
ocorrido nas marchas de março e abril, quando os protestos antigoverno tiveram
igualmente o contraponto de movimentos e eleitores governistas. O dado
positivo, nos atos de domingo e de quinta-feira, é que se reduz cada vez mais o
espaço que chegou a ser ocupado com estardalhaço por setores mais radicais da
política. Segmentos organizados, surgidos em 2013, que em alguns momentos
atuaram ao lado de manifestantes democráticos, desfrutando do direito de se
expressar, foram prontamente reprimidos e recolheram-se à inexpressividade. O
que prevaleceu foi o desejo da maioria de tornar público o descontentamento com
a situação econômica e política do país e, do outro lado, os que pretendem
defender os atuais governantes. O que não há como negar, como dado relevante, é
a supremacia numérica dos que expressaram insatisfação com a corrupção e os
equívocos do Executivo e até mesmo apelaram pelo impeachment. Cabe ao governo e
aos setores que o apóiam entender os recados dados, contra e a favor, e reagir
às demandas apresentadas, para que a mensagem das marchas não se esgote no que
aconteceu nas ruas. É o que se espera.
Antônio Scarcela Jorge.
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