Partido divulgou nota sem mencionar prisão de José Dirceu.
Nesta segunda, ex-ministro foi preso em etapa da Operação Lava Jato.
O PT divulgou nota oficial nesta segunda-feira (3) na qual
nega ter participado de “qualquer esquema de corrupção” e afirma que todas as
doações que recebeu foram “legais”.

O G1 consultou a assessoria do PT,
que informou que o partido não irá se manifestar sobre José Dirceu e que a
divulgação da nota não está, necessariamente, relacionada à prisão do
ex-ministro e ex-presidente da legenda.
Conforme o Ministério
Público Federal e a Polícia Federal, Dirceu participou da instituição
de um esquema de corrupção da Petrobras quando ainda estava na chefia da Casa
Civil, durante o governo de Luiz Inácio
Lula da Silva.
De acordo com as investigações, Dirceu foi
“instituidor e beneficiário do esquema da Petrobras”, mesmo durante e após o
julgamento do mensalão. Segundo o Ministério Público Federal, o esquema foi
criado quando
Dirceu ainda era ministro da Casa Civil e "teria
persistido" depois que ele deixou o governo.
Pela manhã, o advogado Roberto Podval, que representa
Dirceu, afirmou que só iria se posicionar depois de tomar conhecimento das
razões que motivaram a prisão. Anteriormente, a defesa já havia negado a
participação do ex-ministro no esquema de corrupção na Petrobras investigada
pela Operação Lava Jato.
O novo mandado contra Dirceu é de prisão preventiva,
ou seja, por tempo indeterminado. A defesa dele tenta reverter à decisão. Nos
últimos meses, após denúncias feitas por delatores, Roberto Podval já tinha
entrado com pedidos de habeas corpus preventivo para evitar a prisão. Todos
foram rejeitados.
Condenado no julgamento do mensalão Dirceu, que estava
em prisão domiciliar, foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília
depois que o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato
na primeira instância, decretou sua prisão preventiva. O ex-ministro
José Dirceu em carro da Polícia Federal que o levou para a Superintendência da
PF, após ter sido preso em Brasília.
PT.
Delatores da Lava Jato afirmaram em depoimentos que
dinheiro de propina em contratos com a Petrobras foi usado para campanhas
políticas do PT.
O tesoureiro licenciado do partido, João Vaccari Neto, está preso
sob suspeita de participar do esquema de desvio de recursos da Petrobras.
Mais cedo nesta segunda, o líder do PT, na Câmara,
Sibá Machado (AC), acusou o juiz Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos e
ações da Lava Jato na primeira instância, de "perseguir" a legenda.
Segundo procuradores do MPF, o lobista Milton
Pascowitch, um dos delatores da Lava Jato, afirmou que R$ 10 milhões em propina
foram entregues na sede do PT, em São Paulo.
"A respeito dos pagamentos a Vaccari, Milton
ressaiu que os repasses ocorriam para o próprio João Vaccari ou ao PT, em
espécie e via doações legais, sendo que cabia a Almada como os repasses seriam
feitos.
As propinas em razão do contrato dos cascos replicaram somou, afirmou
Milton, cerca de R$ 14 milhões, entregues ao longo de 2009 até 2011. Destes
recursos, ressaiu o colaborador, foram feitos pagamento da ordem de R$ 10
milhões em espécie na sede do PT em São Paulo", consta num trecho do
documento.
Gerson Almada, ex-vice-presidente da construtora
Engevix, foi preso na 7ª fase da operação, em novembro do ano passado.
Fonte: Agência O Globo.
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