IDEIAS
Estado
ausente
O Estado, instituição política,
deriva do consenso dos cidadãos para lhes garantir três atribuições essenciais
a uma vida digna: segurança, educação e saúde. Pela doutrina, os indivíduos
abdicaram de parte de sua liberdade e delegaram ao Estado a função de fazer e
distribuir justiça, dentre as já nomeadas. Todos esses bens e valores sociais e
morais constituem a razão de ser do Estado. O Estado brasileiro não consegue
cumprir as suas funções primordiais, pois aqui a segurança é precária, a saúde
está doente e a educação é paga, a justiça não exerce na plenitude a sua
competência, tolhida pela torrente de recursos e pela sempre citada e jamais
resolvida questão da falta de meios materiais e de pessoal. É uma justiça de
mãos amarradas. Os impostos pagos pelos contribuintes são empregados em
programas de eficácia duvidosa e com fins politiqueiros.
Outro tanto do produto arrecadado é direcionado para a manutenção da caríssima máquina estatal, burocratizada e burocratizante, ineficiente pela própria (des) organização. Vagarosa no agir em prol do cidadão, mas rápida no gatilho das concessões e das distribuições de prebendas, principalmente aos amigos do rei. Auxílio- alimentação para pessoas superalimentadas, auxílio-moradia para quem mora muito bem, obrigado, auxílio para correspondência e outros do gênero fazem a alegria dos sócios do poder e a crônica política e, às vezes, policial, do noticiário da imprensa.
Outro tanto do produto arrecadado é direcionado para a manutenção da caríssima máquina estatal, burocratizada e burocratizante, ineficiente pela própria (des) organização. Vagarosa no agir em prol do cidadão, mas rápida no gatilho das concessões e das distribuições de prebendas, principalmente aos amigos do rei. Auxílio- alimentação para pessoas superalimentadas, auxílio-moradia para quem mora muito bem, obrigado, auxílio para correspondência e outros do gênero fazem a alegria dos sócios do poder e a crônica política e, às vezes, policial, do noticiário da imprensa.
Assim caminha o Estado
brasileiro, agora tangido pelos gritos e apupos da manifesta insatisfação
popular. É hora de olhar para a Constituição, agora completando 25 anos.
Eduardo
Fontes.
Jornalista e administrador.
Fonte: Coluna – Opinião
– DN.
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