sexta-feira, 11 de outubro de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 11 DE OUTUBRO DE 2013

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

UM NOVO CONCEITO PARTIDÁRIO DE “UM VELHO PARTIDO”

Nobres:
No final da semana passada o PSB foi foco das atenções do cenário político nacional ao acolher uma das principais personalidades em atenção ao pleito presidencial de 2014 – Marina Silva. O PSB organizou-se em 1947, como a costela socialista da “Esquerda Democrática”, reunião do que no país existia de resistência à ditadura do Estado Novo (1937-1945). Agora, com a filiação de Marina Silva e os militantes da Rede Sustentabilidade, no dia do aniversário de 25 anos da Constituição cidadã, novamente reúnem-se no PSB importantes forças democráticas, alijadas da eleição de 2014, num momento de necessidade inequívoca de se aprofundar a democracia brasileira e romper com a velha política. As manifestações que tomaram conta das ruas mostraram que o sistema político está em descompasso com o mundo real. Claramente existe um fechamento do sistema político em relação à insatisfação da sociedade. Os protestos também mostraram que não dá para continuar com um sistema político encastelado no Estado, que trava as transformações. A sociedade já está no digital e o sistema político no analógico, fechado em si mesmo. A política precisa dar respostas, por isso precisamos inovar em sincronia com o ritmo das mudanças sociais e do setor produtivo.
Como bem declarou Marina Silva, está surgindo um novo sujeito político no mundo e no Brasil, que combina a grande quantidade de informação a que as pessoas têm acesso com a grande possibilidade de comunicação entre elas. E isso está transformando a política. Todos os setores da sociedade estão sofrendo a influência da internet. Os negócios estão sendo transformados, os sistemas educativos, a produção de conhecimento, os meios de comunicação. As ideias de Marina foram mais fortes do que sua candidatura isso é política. Marina tem um novo conceito de se fazer política, mesmo antes demostrada na eleição anterior de 2010 onde buscou um estilo inovador de trocar experiências e de buscar aquilo que pode ser consensual, em propostas tão esperadas pelos brasileiros. Zerar a esquerda é retórico de adversário que sempre demonstrou o seu interesse acima de tudo conforme a política deriva. Deixado de lado esse subterfúgio singular poderia partir para uma boa política que vai propiciar isto, com mais agilidade e menos burocracia, abrindo espaço à participação das pessoas da política, buscando novas lideranças, interpretando a complexidade do mundo atual e aprimorando a democracia. Pose se dizer que é uma alternativa para diferenciar os costumes da política.
Antônio Scarcela Jorge.

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