COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge.
ENCONTRAR O DISFARCE.
Nobres:
O
Brasil mudou, o “clamor” das ruas colheu alguns resultados que apontavam para a
necessidade de serem realizadas ações incisivas e necessárias, mas infelizmente
poucas foram concretizadas. No momento deixam de lado a democracia
representativa que pouco ouve a voz rouca das ruas e, hoje, tratam de
“embromar” rapidamente. A insistência dos grupos de juristas que não enxerguem
e não atualizem códigos ultrapassados. Segmentos assentados no parlamento com
notório saber jurídico são convidados pelos cidadãos comuns para analisar mais
de 500 artigos da Constituição Federal de 1988, muitos dos quais até hoje não
regulamentados. Essa é prioridade política do país. Mais não é só isso: - O Brasil tem diversas
prioridades. Elas foram se acumulando ao longo de décadas e estão em diversos
setores e na infraestrutura nacional. O País passa por segredos e onde há
segredos existem vergonhas e temores. Alguns agentes públicos nos três poderes
acabam por não resistir mais à pressão interna que carregam e aí se dispõem a
revelar seus segredos. As pessoas, em diversos segmentos sociais, querem falar.
Dimensionar o lixo social, político e partidário pode ser descarregado sem
culpa. Assim, ninguém, nenhum de nós, dos cidadãos comuns aos mais altos
dirigentes públicos e privados, precisa rever conceitos e posicionamentos
perante si mesmo, a família e a população. Alguns integrantes das elites falam
como se quisessem apenas vomitar os conteúdos indigestos dos aparatos a que
pertencem, seja no Executivo, no Legislativo ou no Judiciário. E isso vê,
cotidianamente, no noticiário. Todos os que maltratam a nação desejam escapar,
o mais rápido possível, de qualquer exame de consciência, de postura ou de um
tratamento cívico mais profundo. Diz-se que muitos políticos não conseguem
contemplar o seu próprio trabalho e se aprofundar nas verdades que fazem bem ao
Brasil. Buscar as reformas necessárias, que deixaram “maldosamente” fugir no
tempo que deveria permitir: representa, para alguns, uma traição autêntica,
àquilo que, mesmo inconscientemente, lhes foi prescrito por alguém antes e que,
agora, abraçam como verdade, mesmo sendo as mais deslavadas fraudes. Temos
prioridades que se arrastam, pois ninguém quer enfrentar, de maneira perene,
organizada e quase científica o que precisa ser feito. Essa história de ouvir a
população é um eufemismo que se traduz em resiliência. Com isso fala-se,
fala-se e fala-se de novo, mas não se executa qualquer coisa. A juventude procura
insistentemente dar um basta. Quem tiver juízo, que entenda o recado e trate de
agir, mudando. Os representantes da população e por ela eleitos têm de assumir
a responsabilidade indeclinável de promover mudanças uma barreira “quase”
intransponível, mas é que se espera do País do futuro que agora chega o mais
próximo imaginável.
Antônio
Scarcela Jorge.
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