quinta-feira, 17 de outubro de 2013

CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS RETORNA ATRIBUIÇÃO DOS ESTADOS

 SENADO APROVA PROJETO QUE PERMITE CRIAR NOVAS CIDADES NO BRASIL.

Texto prevê que os Estados serão responsáveis pela concepção dos municípios que nascerem.

O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (16), projeto de lei que determina novas regras para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios no Brasil. O texto estabelece, entre outras normas, que a criação de novas cidades é agora responsabilidade dos Estados e que as novas cidades podem ser concebidas somente após a realização de consulta popular, por meio de plebiscito, e de Estudos de Viabilidade Municipal.
  
Com a nova regra, as assembleias legislativas do País vão recuperar a condição de examinar a criação de novos municípios. Há 17 anos essa competência foi suspensa, quando uma emenda constitucional passou a exigir uma lei federal para regulamentar as regras que deve ser seguidas pelas assembleias.  
O projeto recebeu algumas críticas, uma vez que autorizar a criação de novos municípios pode aumentar os gastos públicos. As novas cidades vão precisar de prefeituras, secretarias, Câmaras de vereadores e servidores públicos para compor os órgãos que vão gerir os municípios.

Além disso, será necessário realizar eleições em todos os novos municípios para escolher os representantes do Executivo e do Legislativo das cidades.

No entanto, entre os senadores, o texto teve total apoio. O senador Humberto Costa (PT-PE) foi um dos que se manifestaram, em plenário, a favor do projeto. Ele alegou que, mais do que regulamentar a criação de novos municípios, o texto também permite a incorporação e fusão das cidades que não se mantém sozinhas.
  
— Engana-se quem pensa que o projeto só permite a criação. Ele permite a criação, mas permite com regras bastante rígidas, impedindo o que acontece hoje, que é a inviabilidade de muitos municípios no Brasil. O texto tramita no Congresso há 11 anos. O projeto inicial foi apresentado pelo senador Mozarildo Cavalcante (PTB-RR) e aprovado em plenário, mas como sofreu modificações na Câmara dos Deputados, o texto voltou para o Senado.

Agora, o texto depende da sanção da presidente Dilma Rousseff para virar lei.
  
Fonte: Agência Senado.



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