COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
ARREMESSO
CATEDRÁTICO NA SUCESSÃO PRESIDENCIAL.
Nobres:
Ao
atrair Marina Silva para o PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos,
criou o fato político mais importante na sucessão presidencial a um ano da
eleição. A combinação entre os dois produz uma candidatura capaz de quebrar a
polarização entre PT e PSDB. Quem mais perde, neste primeiro momento, é o
tucano Aécio Neves, que nas pesquisas já vinha atrás de Marina. Nada garante
que os eleitores dispostos a votar em Marina migrem automaticamente para
Eduardo Campos de quem ela aceita ser vice. Marina convém lembrar, foi à única
que cresceu nos protestos de junho. Campos ainda é pouco conhecido, mas só tem
a ganhar colado a Marina, principalmente se conseguirem explorar bem a
complementariedade. O forte dele é gestão, o dela a defesa do meio ambiente.
Marina cresceu fazendo o discurso da ética e do jeito diferente de fazer
política seja lá o que isso signifique. Simplificando se poderia dizer que ele
tentará conquistar o eleitor pela razão. Ela, pela emoção. O PT, que desprezou
Marina e fez das tripas coração para inviabilizar a Rede, começando pela
tentativa de aprovar uma lei impedindo os novos artigos de terem acesso ao
fundo partidário e ao tempo de TV, tem bons motivos para se arrepender. Sozinha,
Marina era frágil. Entretanto o fortalecimento desse grupo que vai mais além de
junções partidárias servirá para somar propostas e traz efeitos no sentido de
não polarizar o pleito em relação ao PT/PSDB. A cartada se tornou eficiente ao
apresentar para o eleitor uma alternativa eloquente para que não “abraça” o
continuísmo de uma proposta que não saiu de uma retórica e submete ao estado de
desenvolvimento social e melhor qualidade de vida como adoção desse segmento
político, negando a prática de incremento que atribuímos um conceito natural dentre
as nações emergentes proclamada nesses últimos anos. Esperamos na prática a ser
consolidada no pleito presidencial de 2014 prova inconteste da vontade popular.
Antônio
Scarcela Jorge.
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