É INACEITÁVEL A ATUAL DIMENSÃO DO CRIME ORGANIZADO,
DIZ MINISTRO DA JUSTIÇA.
Cardozo
afirmou que os órgãos de inteligência estão fechando o cerco ao PCC
BRASÍLIA - O ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, considerou como "inaceitável" a atuação e a
dimensão do PCC (Primeiro Comando da Capital), com ameaças de atentado contra o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e ataques durante a Copa do Mundo.
"É inaceitável que o crime organizado tome essa dimensão, que infelizmente
toma, não só no Brasil, mas em vários países do mundo", afirmou Cardozo ao
deixar o Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 15.
Investigações feitas pelo
Ministério Público e pela Polícia Militar e revelados pelo jornal O Estado de
S. Paulo resultaram na denúncia de 175 suspeitos de pertencerem à organização
criminosa. As apurações mostraram que o PCC já atua em 22 Estados, estende suas
atividades para outros países. Indicam também planos de novos ataques e o
envolvimento de policiais.
Cardozo afirmou que os órgãos de
inteligência estão fechando o cerco ao PCC, mas não indicou novas ações do
governo federal no combate à organização criminosa. "Todas as organizações
criminosas, claro, têm que ser enfrentadas. Nossos órgãos de inteligência
atuam, colhem informações e, evidentemente, nos dão indicações de ações",
disse o ministro. "Estamos cada vez mais fechando o cerco naquilo que nós
podemos fazer em relação a essas organizações criminosas", acrescentou.
Em novembro do ano passado, o
governo federal e o governo de São Paulo fecharam um acordo para combater os
ataques promovidos pelo PCC contra ônibus e policiais no Estado. Este acordo
envolveu a criação de uma agência de inteligência e remoção de líderes do PCC
para presídios federais.
"Nós formamos uma agência de
inteligência, aprofundamos a troca de informações entre os serviços de
inteligência de São Paulo, seja da Polícia de São Paulo, seja do Ministério
Público de São Paulo, com a Polícia Federal", disse. "Isso tem dado
bons resultados. Inegavelmente, tanto a minha avaliação quanto a avaliação do
governo de São Paulo nós temos aprofundado mais esta atuação. Agora, é evidente
que nós precisamos cada vez fazer mais", concluiu o ministro.
Fonte: - Agência O
Estado.
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