CÂMARA PROPÕE MANDATO
ELETIVO DE CINCO ANOS.
Colegiado que discute reforma política sugere mudança a partir de 2018;
deputados também defendem realização de eleições municipais, federais e
estaduais na mesma data.
Numa reunião esvaziada, o grupo
de trabalho que discute a reforma política na Câmara decidiu, nesta
quinta-feira, 12, propor que os mandatos eletivos tenham cinco anos. Por pouco
o colegiado não conseguiu quórum mínimo para votação, de nove parlamentares,
mas o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) registrou presença e garantiu que a
reunião não ficasse apenas em discussões. - A votação foi simbólica, mas a
extensão dos mandatos teve ampla maioria dos presentes. Apenas Alfredo Sirkis
(PV-RJ) e o petista Ricardo Berzoini (SP) defenderam a manutenção dos mandatos
de quatro anos. "Acho que passar cinco anos sem eleição são cinco anos
longe do povo", criticou Berzoini. - Na semana passada, o colegiado já
havia decidido por dois outros temas, que devem constar na proposta final a ser
apresentada até o dia 17 de outubro pelo coordenador do grupo, deputado Cândido
Vaccarezza (PT-SP): o fim das reeleições para cargos do Executivo e a
coincidência dos mandatos de presidente, governadores e prefeitos a partir de
2018. Vaccarezza não participou da reunião desta manhã por estar em missão
oficial no Canadá, segundo informou seu gabinete. O encontro foi presidido pelo
deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). - Pela proposta aprovada, os mandatos de
cinco anos valeriam a partir de 2018. Houve polêmica sobre qual seria a duração
dos mandatos de senadores, se de cinco ou de 10 anos, e os deputados preferiram
deixar essa deliberação para outra reunião. - As mudanças em análise não terão
validade para 2014, conforme Vaccarezza tem ressaltado desde que assumiu a
coordenação do grupo. Uma proposta final será elaborada até outubro e terá de
passar pelo Plenário da Câmara e pelo Senado. - O grupo aprovou também a
realização, em uma única data, de todas as eleições: as municipais, estaduais e
federais. Alfredo Sirkis chegou a propor um sistema em que, num período de dois
meses, o eleitor iria às urnas quatro vezes. Na primeira, escolheria o
presidente, governador, deputado federal e estadual, além de senadores; em
seguida, haveria o segundo turno para os cargos do Executivo desse pleito. O
eleitor voltaria às urnas para eleger prefeitos e vereadores e, nas maiores
cidades, haveria um segundo turno posteriormente. - A ideia, no entanto, foi
rechaçada, sob argumentos de que isso encareceria o processo e que confundiria
os eleitores com várias rodadas de votação em um curto período de tempo. A
votação desse ponto também foi simbólica. Neste momento, os deputados deliberam
sobre a fidelidade partidária.
Fonte: Agência Estado.
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