quinta-feira, 12 de setembro de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 12 DE SETEMBRO DE 2013



COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

O BOLSA FAMÍLIA

Nobres:
Deixa-nos rogar pelo largo alcance social objetivo experimentado em função estabelecida pelo programa Bolsa Família o maior do mundo que beneficia cerca de 45 milhões de pessoas e mais de 11 milhões de famílias de baixa renda no e que produz cerca de trinta milhões de eleitores no Brasil, de carência óbvia, favoráveis em transferir esses “benefícios” em função do “agradecimento para uma bolsa” – “ O Bolsa voto”. Sinteticamente o programa determina as condicionalidades impostas às famílias estão focadas nas áreas de saúde e educação. Para receber o benefício, entre outras condições, é necessário as famílias acompanharem o atendimento médico e vacinação das crianças menores de sete anos. Na área da educação, todas as crianças e adolescentes, de seis a 15 anos, devem estar matriculados em escolas. Esse programa não é uma novidade. No governo FHC (1994-2002) foram implementados programas como o Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Agente Jovem e Auxílio-Gás. O Bolsa Família tem por base experiências pretéritas. Foi desenvolvido e aperfeiçoado, aliam com méritos, nos governos Lula e Dilma. O objetivo do programa é combater a pobreza, a desigualdade e assegurar oportunidades conforme o normativo legal. Neste aspecto, é de responsabilidade combater à fome que é uma necessidade e um dever de todo e qualquer Estado democrático de direito para que se possa garantir às pessoas “o mínimo social”. O programa Bolsa Família precisa, dentro de seu caráter temporário, ser complementado por um programa efetivo de qualificação para o primeiro emprego e de uma disponibilização de escolas adequadas nos ensinos Fundamental e Médio, com professores bem remunerados e motivados. Os brasileiros carecem, também, de um pronto atendimento realizado por médicos valorizados que possam trabalhar em hospitais e postos de saúde com uma estrutura adequada e medicamentos suficientes para atender às demandas essenciais da saúde pública. Países como Canadá, Suécia e Alemanha, por exemplo, têm dado respostas satisfatórias aos seus povos nesses aspectos. Temos o sétimo PIB do mundo, sendo este incompatível com a importação de médicos cubanos. Esse ato governamental, importação de médicos, é um atestado de ineficiência da gestão do Estado brasileiro em garantir saúde a todos, como determinado pelo art. 196 da Constituição Federal. O Bolsa Família não pode ser praticado como um programa social isolado, sob pena de estarmos alocando, de modo não inteligente, recursos públicos escassos para alcançarmos resultados sociais bastante duvidosos. Em suma, corremos o risco de transformar um programa sério de combate à fome em mero assistencialismo mal direcionado e ineficiente. Corremos o risco de transformar um programa sério de combate à fome em mero assistencialismo.
Antônio Scarcela Jorge.


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