quinta-feira, 19 de setembro de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 19 DE SETEMBRO DE 2013

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

A PERSISTENTE SECA



Nobres:
Vamos instar uma linguagem clara e objetiva no sentido de procurar uma forma mais explicita para discorrer o momento de gravidade climática que assola nossa região. Por esta razão não se pode desviar o foco das atenções consequente pela longa estiagem que assola o nordeste, mui especial o nosso Ceará. Na mais expressiva verdade é que a seca no interior cearense ainda não chegou ao fim estamos no artife de gravidade eloquente em que não se viu por aqui, porque o prejuízo causado à população interiorana, aos municípios e ao Estado do Ceará, por ora é incalculável, mas, dentro em breve, será possível se saber o tamanho do desastre. Grande segmento da população empobreceu; os municípios perderam receita; o comércio no interior pouco funcionou, sofrendo prejuízos inestimáveis; e os bancos reconhecem que ficaram paralisados em função da impossibilidade de realizar transações e empréstimos. Isso não significa, ainda, que a seca chegou ao fim. O rastro do prejuízo ficou. Tão cedo o interior cearense não se recuperará de um flagelo previsível, não somente aqui que centraliza o semiárido regional, mas em todo nordeste. O grande problema agora é o pós-seca que vai deixar um prejuízo imenso para a recuperação desses municípios. Sabe-se que do rebanho o Estado perdeu nada menos até agora o incalculável número de cabeças de gado sem se falar em outras criações que não se tem, ainda, uma estimativa imaginável. O problema agora é como repor o rebanho dizimado pela falta de água e de alimentos para os animais. Dá-se o seguinte: no ano passado, o flagelo da seca já estava instalado no semiárido. De janeiro a abril período normal que qualificamos de inverno, a chuva praticamente não apareceu e a seca retomou com o sol incandescente destruindo plantações, matando rebanhos e secando aguadas. Os açudes, também atingidos com a pouca reservas nas suas bacias e os pequenos e os barreiros secaram. Recorrer a créditos única fonte para atenuar os efeitos na área agrícola e pecuária doestado A situação ainda mais se agrava com ao tímido programa de crédito para os criadores. O Banco do Nordeste é a única instituição financeira que banca o crédito. O lamento é que o semiárido e todo o interior antes da seca que perdura em dois anos consecutivos, chegou atravessar um período de esplendor para os trabalhadores da roça, que tinham emprego, e para os criadores e agricultores que atravessavam tempos de vacas gordas. Essa é a questão sem dúvida alguma mais importante para a economia cearense, cuja industrialização é minúscula e se concentra em Fortaleza e na região metropolitana em comparação com a de outros estados federativos. O governo federal fica no comprometimento de encontrar fórmula, uma saída, para beneficiar o Estado, uma maneira de garantir financiamento para a recuperação do flagelo havendo pouca disposição para minimizar os efeitos da seca. A seca é questão contemplativa desconhecendo as consequências advindas para economia do Estado. – O governo tem além de tudo outro problema para se preocupar. O semiárido cearense pode estar a caminho da desertificação e no sertão dos inhamuns já aparece como área desertificada e para que não aconteça, são necessárias medidas urgentes, soluções técnica no sentido que possa instar outro problema de gravíssima proporção. Temos ainda tempo para encontrar solução.

Antônio Scarcela Jorge.

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