COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
PERSPECTIVA DE DESEMPENHE ÉTICO
Nobres:
Complicado imaginar que, mesmo
depois do rechaço popular à decisão da Câmara de preservar mandato de um
presidiário já condenado por corrupção, o Congresso se disponha a aprovar a
reforma política cobrada nas ruas, muito menos no período de um mês que ainda
resta para ser válida já nas eleições de 2014. Ainda assim, há alternativas à
disposição. Uma das mais coerentes é a defendida pelo movimento Eleições
Limpas, o mesmo que deflagrou a vitoriosa campanha precursora da votação da Lei
da Ficha Limpa. A proposta, defendida por 51 entidades e que já conta com o
aval de políticos influentes, enfrenta questões essenciais para assegurar mais
ética na política, como a do financiamento de campanhas proibindo, por exemplo,
doações de empresas e impondo um limite às contribuições de pessoas físicas. Se
fosse adotado, esse modelo permitiria a redução da margem para desvios e
estimularia os políticos a buscar contato mais permanente com suas bases, às
quais caberia custear suas iniciativas em busca de eleição. Evidentemente, uma
mudança necessária e inadiável como o fim das doações de pessoas jurídicas
terá, como impacto imediato, a redução dos custos das campanhas eleitorais,
incluindo os fantásticos valores hoje pagos para produção de materiais de
propaganda em versões impressa e eletrônica. Outros gastos, como aluguel de
jatinhos, (a propósito na sociedade racional é uma ação que foge dos padrões
éticos - ao contrário, aqui no Ceará – a sociedade conivente acha linda, e
santa a atitude do governador do Estado) pagamento de cabos eleitorais e organização de
megacomícios, terão de ser redimensionados. Tudo isso resultará em vantagem
para o eleitor, uma vez que cessará a atual corrida do ouro pela qual os
candidatos abraçam, muitas vezes de forma sub-reptícia, as causas defendidas pelos
patrocinadores mais abastados. Assim, teremos campanhas eleitorais com menos
ênfase em estratégias de marketing, que na maioria das vezes só servem para
dissimular a ausência pura e simples de ideias e valores.
Um dos méritos da proposta é o de ser diferente de tudo que já tramitou no Congresso sobre o tema. Do ponto de vista do processo legislativo, o projeto não exige a aprovação de emendas constitucionais, mais difíceis de se aprovar, mas apenas de projetos de lei, que tramitam de forma ordinária. Não se trata, igualmente, de corrigir todas as deformações da política. Essa é uma tarefa que cabe aos cidadãos e não pode ser cumprida por meio de soluções mágicas e instantâneas. Normalmente, esse tipo de avanço depende de educação e amadurecimento, e não é ingênuo afirmar que o Brasil já deu passos consideráveis nesse sentido. O modelo sugerido acena, porém, com modificações que facilitam a melhoria do quadro político e partidário em nosso país. Por isso, depois de escárnios como a manutenção do mandato do deputado Natan Donadon, decisão suspensa ontem por ministro do STF, líderes políticos têm um mês para encarar a proposta do movimento Eleições Limpas como uma resposta à sociedade já para as eleições do próximo ano. O primeiro passo é dar margem para que possa ser debatida e aperfeiçoada no Congresso. Para que conceituem de fato direcionadas a segmentos representativos nesta legislatura em termos regionais saindo de um péssimo exemplo de parlamentares da bancada cearense na Câmara dos Deputados que religiosamente (em alguns casos coincidir com religião) reincidente nas legislaturas anteriores costumais na prática corporativistas que inacreditavelmente foram reeleitos à custa de que toda sociedade é conhecedora o que ocorre esse triunfalismo - atrás nos bastidores.
Antônio Scarcela Jorge.Um dos méritos da proposta é o de ser diferente de tudo que já tramitou no Congresso sobre o tema. Do ponto de vista do processo legislativo, o projeto não exige a aprovação de emendas constitucionais, mais difíceis de se aprovar, mas apenas de projetos de lei, que tramitam de forma ordinária. Não se trata, igualmente, de corrigir todas as deformações da política. Essa é uma tarefa que cabe aos cidadãos e não pode ser cumprida por meio de soluções mágicas e instantâneas. Normalmente, esse tipo de avanço depende de educação e amadurecimento, e não é ingênuo afirmar que o Brasil já deu passos consideráveis nesse sentido. O modelo sugerido acena, porém, com modificações que facilitam a melhoria do quadro político e partidário em nosso país. Por isso, depois de escárnios como a manutenção do mandato do deputado Natan Donadon, decisão suspensa ontem por ministro do STF, líderes políticos têm um mês para encarar a proposta do movimento Eleições Limpas como uma resposta à sociedade já para as eleições do próximo ano. O primeiro passo é dar margem para que possa ser debatida e aperfeiçoada no Congresso. Para que conceituem de fato direcionadas a segmentos representativos nesta legislatura em termos regionais saindo de um péssimo exemplo de parlamentares da bancada cearense na Câmara dos Deputados que religiosamente (em alguns casos coincidir com religião) reincidente nas legislaturas anteriores costumais na prática corporativistas que inacreditavelmente foram reeleitos à custa de que toda sociedade é conhecedora o que ocorre esse triunfalismo - atrás nos bastidores.
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