APAGÃO UM EXPRESSÃO
INADMISSÍVEL NO ATUAL GOVERNO
‘QUESTÃO DE NATUREZA POLÍTICA’
Nobres: APAGÃO na
era do tucanato: BLECAUTE – momento gramaticado
pelos petistas: - são definições plurais que nos estima qualificar sobre a moda
dos políticos, onde recaem os fundamentalistas dos “mensalões” Cachoeiras, dentre outros: se expressa em der
contorno a inovações do vernáculo pátrio decorre em paralelo apregoar no
momento os fatos decorrentes aos “apagões” que por último aconteceu no norte;
centro-oeste e, especialmente em todo o nordeste - são fatores em que – à
região, também foi a última com a natural “adesão à provável crise.” Neste
contexto; ficou evidenciado por uma preocupação no setor elétrico do país, que
já se faz prever uma reavaliação nas ações para que venham se generalizar uma
crise sem precedentes. Neste sentido passa a ser uma discussão de ideologia
política por parte do governo e oposição batendo de frente com a sociedade bem
cansada desses desleixe. - A presidente da República Dilma Rousseff e membros
de seu governo não gostam quando alguém usa o termo “apagão” para falar de cortes
de energia. Na peculiar interpretação da presidente, tais interrupções têm de
ser chamadas de “blecautes”; “apagão” seria tão somente o racionamento de
energia feito no começo da década passada, durante a gestão de Fernando
Henrique Cardoso. Na época, a escassez de chuvas se juntou à falta de
planejamento do governo para o setor elétrico e obrigou os brasileiros a poupar
energia por mais de um ano, entre 2001 e 2002. A implicância de Dilma que,
quando ministra de Minas e Energia, desenhou e programou o atual modelo do
setor elétrico não encontra respaldo no uso corrente da palavra nem nos
dicionários. Historiada a palavra “apagão”, datada de 1988, como sendo o mesmo
que blecaute. Ou seja, interrupção no fornecimento de eletricidade. Se o
vocabulário da população e da imprensa incomoda tanto, é bom que o governo
deixe de lado seus exercícios de ginástica argumentativa e se esmere para
evitar que tais situações, tão comuns nas últimas semanas, continuem se
repetindo. Não adianta insistir na tecla de que o nosso sistema interligado é
seguro e que os últimos cortes são frutos de problemas pontuais, isolados; os
fatos depõem contra isso. O próprio ministro interino de Minas e Energia,
Márcio Zimmerman, admitiu que a sequência de desligamentos “foge da normalidade”.
Desde o apagão de 10 de novembro de 2009, quando uma falha nas linhas de
transmissão da estatal federal Furnas provocou o desligamento de Itaipu e
deixou 18 estados no escuro, houve pelo menos cinco grandes blecautes. E os
quatro últimos ocorreram em pouco mais de 30 dias, de setembro para cá.
Incluindo na conta cortes “menores”, já foram mais de 60 interrupções, em
vários estados, desde o início deste ano. Se o racionamento de 2001/02 foi
provocado por graves lacunas na oferta de energia, os últimos apagões, todos
relacionados a subestações ou linhas de transmissão, mostram que empresas
privadas e estatais têm falhado no transporte da eletricidade e o governo, na
fiscalização. Parece claro que há sérios problemas na manutenção de sistemas de
transmissão, alguns dos quais “cinquentões”. A queda mais recente, originada em
uma linha de transmissão bem mais nova, sugere que a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) tem falhado no acompanhamento das condições de
conservação dos ativos; não é de hoje que especialistas avisam que a agência
reguladora não tem funcionários suficientes para fazer uma fiscalização
adequada. Nesse contexto, a redução nas tarifas de ativos de geração e
transmissão que têm concessão prestes a vencer é um desafio a mais. Se hoje o
investimento em manutenção está aquém do ideal, é de se perguntar o que vai
ocorrer a partir do ano que vem, quando as empresas vão receber menos por seus
serviços. Quem vai definir o valor das tarifas é o próprio governo, em um
processo que está longe de agradar às companhias do setor. De nada adianta o
consumidor pagar menos pela energia se não houver a garantia de que ela
chegará, com segurança e sem oscilações, à sua residência, ao seu
estabelecimento comercial, à sua indústria. A própria demora do Planalto em
decidir a questão das concessões prestes a vencer pode ter desestimulado
investimentos. Entre 2015 e 2017 chegam ao fim os contratos de usinas que
representam um quinto do parque gerador brasileiro e de mais de 70 mil
quilômetros de linhas de transmissão. O ideal seria ter definido – pela
prorrogação ou relicitação no máximo em 2010, quando as concessionárias teriam
um horizonte de pelo menos cinco anos à frente. Incertas do que viriam, muitas
deixaram de investir em um patrimônio que corriam o risco de perder. O governo
não resolveu o assunto quando deveria, e decidiu empacotar a questão junto com
a bem-vinda retirada de encargos do setor. Conseguiu como planejava anunciar
uma redução expressiva nas tarifas (de 16,2% para residências e 20,2%, em
média, para o setor industrial). Mas pode ter agravado um problema. Se as
tarifas das concessões renovadas ficarem abaixo do que é adequado e a
fiscalização permanecer tão frágil, o consumidor que prepare o estoque de velas
e reascender os lampiões.
Antônio Scarcela Jorge
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