HÁ 123 ANOS FOI PROCLAMADA A REPÚBLICA NO BRASIL.
RESUMO HISTÓRICO.
A Proclamação da
República Brasileira foi um golpe de Estado militar, ocorrido em 15 de novembro
de 1889, que instaurou a forma republicana federativa presidencialista de
governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do
Império do Brasil, pondo fim à soberania do imperador Dom Pedro II. A
proclamação da República ocorreu no Rio de Janeiro, então capital do Império,
na Praça da Aclamação, hoje Praça da República, quando um grupo de militares do
exército brasileiro, liderada pelo marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de
estado, fazendo uso de coação, não de violência. Naquele mesmo dia 15, um
"Governo Provisório" republicano foi instituído. Faziam parte deste
"Governo", o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da
república, marechal Floriano Peixoto como vice-presidente, e, como ministros,
Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos
Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos
os membros regulares da maçonaria brasileira. No final da década de 1880, a
monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava uma forma
de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se
necessário a implantação de uma nova forma de governo, que fosse capaz de fazer
o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais. Vários
foram os fatores que levaram a monarquia a esse processo de desgaste, entre
eles: a interferência de D. Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um
descontento na Igreja Católica; críticas feitas por integrantes do Exército
Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte; a classe média
(funcionários públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes,
artistas, comerciantes) que crescia nos grandes centros urbanos e desejava mais
liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país e a falta de
apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste
Paulista, que desejavam maior poder político, já que tinham grande poder
econômico. Diante da falta de apoio popular e das constantes críticas que
partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo, encontravam-se
enfraquecidos. Doente, D. Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões
políticas do país. O presidente do Conselho de Ministros do Império, Afonso
Celso de Assis Figueiredo, o visconde de Ouro Preto, percebendo a difícil
situação política em que se encontrava, apresentou, em uma última e desesperada
tentativa de salvar o Império, à Câmara-Geral, um programa de reformas
políticas do qual constavam, entre outras, as medidas seguintes: maior
autonomia administrativa para as províncias, liberdade de voto, liberdade de
ensino, redução das prerrogativas do conselho de Estado, mandatos limitados no
Senado Federal, já que no Império, o Senado era vitalício. As propostas do
Visconde visavam preservar a Monarquia, mas foram vetadas pela maioria dos
deputados de tendência conservadora que controlava a Câmara Geral. As reformas
do Gabinete Ouro Preto chegaram tarde demais. No dia 15 de novembro de 1889, a
República era proclamada.
Texto: “Extraído das
sínteses históricas alusivo ao evento”.
Foto:
acervo nacional.
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