APESAR
DA NOVA CRISE, PMDB NÃO VAI NEGOCIAR MAIS CARGOS NO GOVERNO, DIZ O LÍDER NA
CÂMARA.
Líder
do PMDB na Câmara afirma que apenas os deputados mais radicais do partido farão
oposição mais feroz a Dilma.
Após
ser retirado da liderança no final de 2015, Picciani (RJ) foi reeleito na
semana passada.
Assim
que Leonardo Picciani (RJ) foi confirmado na liderança do PMDB na Câmara dos
Deputados, os peemedebistas que apoiavam Hugo Motta (PB) deram um aparente
sinal de trégua. Mas não demorou em que o aval ao parlamentar carioca fosse
quebrado por novas críticas ao governo, ainda mais fragilizado após a prisão de
João Santana, marqueteiro do PT, ser decretada pela Justiça Federal, na última
segunda-feira (22).
Para
Picciani, a nova rebelião no partido poderá ser controlada, ainda que haja
alguma dificuldade. "Vamos buscar o convencimento do maior número possível
de deputados, mas alguns dificilmente mudarão de posição", admite o
parlamentar.
Pelos
cálculos de Picciani, o grupo de opositores no PMDB na Câmara tem 14 nomes.
"Apenas esses mais radicais farão uma oposição mais feroz", avalia.
Em
uma das crises no relacionamento entre o PMDB e o governo, o partido aproveitou
para negociar mais cargos com a promessa de garantir a governabilidade.
Apesar de o Palácio do Planalto ainda precisar de apoio para
aprovar projetos importantes no Congresso, o líder do PMDB na Câmara diz
que não haverá a negociação de mais postos no governo, nem mesmo no segundo
escalão: "Não há reivindicação da bancada nesse sentido, nem no segundo
escalão".
A
eleição de Picciani foi das mais disputadas deste ano legislativo. Hugo Mota
(que se declara aliado do governo) foi apoiado pelo presidente da Casa, Eduardo
Cunha, que já tentou tirá-lo do cargo por conta de sua proximidade com o
governo. Para o parlamentar a temperatura nesta disputa aumentou porque o
momento político tem vários temas que geram divisão de opinião.
"Agora
começo a dialogar com os que não votaram em mim. Tenho boa relação, me dou
bem. Os temas em discussão não são de fato para a unificação, são controversos.
Sei que enfrentarei diferentes posicionamentos. Por isso a importância do
diálogo", explica.
Picciani
sabe que não poderá contar com uma unanimidade, mas diz esperar "uma
relação respeitosa". "É necessário que o acirramento dos temas não
seja levado para o interior da bancada e que se busque o convencimento
político. Mas meu compromisso é com a bancada do PMDB e a posição da
maioria", conclui o deputado.
Fonte:
G1 – DF.
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