COMENTÁRIO
SCARCELA JORGESISTEMATIZAR O ÓBVIO.
Nobres:
Ao longo da história da política entre as nações mais
desenvolvidas do mundo, onde se proclama a figura do chefe de estado por o
exercício quase perfeito de magistratura na administração confiada ao sistema
parlamentarista, onde contempla o real poder de representação popular. O país
durante a república experimentou o parlamentarismo, não com autenticidade, mas
como paliativo para resolução da grave crise moral, (coincidentemente a que
estamos vivenciando) e que não durou muito, tal qual a insistência de um grupo
político, anárquico (o mesmo também estão presentes, nos faz transparecer o
retorno da história, não tanto, não há necessidade de intervenção, pois estamos
amadurecidos na essência de democracia) há uma certa resistência e por outro
lado, frágeis no desenrolar dos acontecimentos. A democracia é magnificamente
solida, é que poderosos do governo lulista, altamente corruptos, estão presos,
e a democracia obviamente impõe a sua essência. Por outro lado, é fundamental
promover reformas objetivas, para que o aprimoramento constante é o referencial
do estado democrático de direito e, acompanhado dos deveres de cidadania que
nos deveria proporcionar. Neste contexto,
ficou
mais do que demonstrado que a opção por alados da rede corrupta do governo
lulista o que está politicamente órfão e não tem mais o que fazer. O “fogo
amigo” desfechado pelo PT, por suas lideranças, inclusive o seu criador
político, o ex-presidente Lula da Silva, somado ao ativismo da CUT e do MST,
que ficam ao lado do partido e contra o governo, tornam a presidente cada dia
mais sujeita aos esquemas adversários que se movimentam pelo seu impeachment. Que
o País necessita de ajustes e reformas, seria a prioridade indiscutível, assim
como muita coisa que tem de ser ajustada voltamos a nos reportar: é o resultado
do desajuste político dos governos petistas de Lula e da própria Dilma. Difícil
prever se os problemas se resolveriam com o afastamento puro e simples da
presidente. Salvo melhor juízo, isso não seria o suficiente. Não obstante
afastar ou não, é necessário encontrar fórmulas que devolvam a sociedade ética,
a confiança de que pode lucrar com o Brasil. E convencer a sociedade de que
acabou o período fanfarrão do Brasil perdulário e artificialmente resolvido. O
governo precisa se conscientizar da necessidade de reduzir o custo de sua
máquina para que os impostos arrecadados sejam suficientes ao cumprimento dos
compromissos de oferecer saúde, educação, trabalho, moradia, segurança e outros
serviços básicos à população. Outra coisa que precisa acabar é a explícita
política do toma lá, da cá, que o governo pratica com o Congresso Nacional e os
partidos políticos. Há que se redesenhar a matriz de relacionamento entre o
Executivo e o Legislativo. Ambos têm de reunir condições e independência para
cumprir aquilo que a lei determina: o Executivo tem de executar, governar, e ao
Legislativo cabe legislar e fiscalizar. Tudo o que extrapola isso é combustível
para crises como a que vivemos atualmente. Mais do que ajustes ou reformas
pontuais, o Brasil de hoje carece de ampla reforma de conceitos. Ou assume de
vez o regime parlamentarista pretendido (mas não conseguido) por expressiva
parcela dos constituintes de 88, ou expurgam do presidencialismo as fraquezas
que o tem tornado vulnerável ao longo das últimas três décadas. Feito isso, as
reformas pontuais virão como conseqüência. Mais os governos, inclusive que está
aí não querem incorrer no óbvio, é promover a própria derrocada.
Antônio
Scarcela Jorge.
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